De acordo com a informação publicada no site oficial do evento, a próxima Feira do Livro de Londres terá lugar naquela cidade de 9 a 11 de março de 2021.
“Os efeitos, reais e projetados, do coronavírus estão a tornar-se evidentes em todos os aspetos das nossas vidas aqui no Reino Unido e por todo o mundo, com muitos dos nossos participantes a enfrentar restrições nas viagens”, afirmam os organizadores, explicando que foi seguindo as orientações do governo do Reino Unido e os conselhos das autoridades de saúde pública que, “com relutância”, tomaram a decisão de não prosseguir com o evento deste ano.
Conscientes de que “os negócios precisam continuar”, os organizadores da feira garantem que vão apoiar e colaborar com expositores e visitantes “para manter tudo a andar durante este período difícil”.
Este é o quarto evento literário internacional a ser cancelado ou adiado, depois de a Feira do Livro de Leipzig, prevista para 12 a 15 de março, ter tomado a mesma decisão na terça-feira, sucedendo ao anúncio do cancelamento do Salão do Livro de Paris, que se realizaria de 20 a 23 de março, e do adiamento da Feira do Livro Infantil de Bolonha.
A 57.ª edição da Feira do Livro Infantil de Bolonha, considerada a mais relevante dedicada à literatura e ilustração para os mais novos, estava marcada de 30 de março a 2 de abril, mas foi reagendada para de 4 a 7 de maio.
Não tem sido apenas o setor livreiro a sofrer alterações. Outros eventos internacionais culturais têm vindo a ser cancelados e adiados preventivamente, como forma de controlar a propagação do surto de Covid-19.
A 22.ª edição do Festival de Documentário de Salónica, na Grécia, que deveria começar na quinta-feira e decorrer até 15 de março, foi adiada, numa decisão conjunta com o Ministério da Cultura grego, depois “do mais recente anúncio da Organização Mundial de Saúde (OMS), que elevou a sua estimativa sobre a disseminação do coronavírus”, estando agora os organizadores do festival “a considerar a sua realização no final de maio ou início de junho”.
O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.200 mortos e infetou mais de 93 mil pessoas em 78 países, incluindo cinco em Portugal.
Das pessoas infetadas, cerca de 50 mil recuperaram.
Além de 2.983 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Iraque, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas.
Um português tripulante de um navio de cruzeiros está hospitalizado no Japão com confirmação de infeção.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou cinco casos de infeção, dos quais quatro no Porto e um em Lisboa.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.
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