Duarte, que tem atuado sobretudo com base no seu mais recente álbum, "Sem dor nem piedade - Fados para uma relação acabada em quatro atos”, é acompanhado por Pedro Amendoeira, em guitarra portuguesa, e Rogério Ferreira, em viola.
O festival francês considera “Duarte um dos intérpretes masculinos mais emblemáticos da nova geração de fadistas”: “Ele canta com delicadeza um fado hipnotizante, com textos de poesia rara e composições de profunda melancolia, para uma viagem ao coração da alma portuguesa e dos seus mistérios”.
O fadista Duarte, que já atuou por várias vezes em França, no último ano, quase sempre com salas esgotadas, apresentou-se no Théâtre de la Ville, em Paris, no Le Trident, em Cherbourg, na Salle Jacques Tati, em Saint-Germain-en-Laye, na região de Poissy, no Théâtre André Malraux, em Rueil Malmaison, e, entre outras localidades, também em Clermont l´Herault, no sul do país, no âmbito do Festival "Musiques et Passions".
O álbum "Sem dor nem piedade", editado em 2015, foi produzido pelo músico Carlos Manuel Proença, Prémio Amália 2008 para o Melhor Instrumentista, e é constituído por 14 temas, quase todos fados tradicionais, como o Fado dos Sonhos, o Fado Menor em Versículo e o Fado Cravo, e contém apenas uma música original, de autoria de Tozé Brito.
Os poemas são de Duarte, à exceção de “Sete Esperanças, Sete Dias”, de Manuel Andrade.
Natural de Évora, Duarte fez parte da Tuna Académica da Universidade local, de 1998 a 2003.
Em 2004, com 23 anos, editou o primeiro álbum, “Fados meus”, e, em 2006, a sua canção “Dizem que o meu fado é triste” foi integrada no CD antológico “Fados do Porto”, inserido na coleção celebrativa “Cem anos do fado”.
Em 2006, Duarte foi distinguido com o Prémio Amália Revelação e, em 2009, editou o segundo álbum, "Aquelas coisas da gente”.
Há dois anos, Duarte fez uma temporada no Vingtième Théâtre, em Paris, e cumpriu uma digressão por cinco palcos nos Estados Unidos, no Estado de Massachusetts, que incluiu ‘workshops’ sobre fados, em algumas universidades.
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