Apresentado hoje, o 30.º EI vai decorrer de 11 de setembro a 31 de outubro, e contará com projeções, 'workshops', ciclo de cinema, visitas guiadas, catálogo, prémios de fotografia, edições de livros e atividades 'online', como leituras de portefólios, oficinas ou debates.

Os Encontros da Imagem 2020 contam ainda com o prémio Discovery, que, na edição deste ano, recebeu 259 candidaturas de 37 países diferentes, dos quais 14 chegaram a finalistas e vão expor o seu trabalho no evento.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a Universidade do Minho (UMinho), uma das entidades dinamizadoras do evento, juntamente com a autarquia de Braga e a associação Encontros da Imagem, adianta que acolhe 14 exposições, todas com entrada livre, tendo nove lugar na Galeria do Paço, em Braga.

Aqui ficará exposto o trabalho do artista finlandês Touko Hujanen, que revela a primeira escola autossuficiente do mundo, do alemão Robin Hinsch, que percorre comunidades que extraem petróleo, gás ou carvão, e da húngara Kata Geibl, que foca o individualismo feroz.

Da Itália, Annamaria Belloni trata a tensão entre ser humano e natureza. O duo Mattia Micheli & Nicolò Panzeri aborda a mercantilização dos Alpes, e Florence Cuschieri visita locais nórdicos "em que se perdeu o sentimento de pertença".

Sobre a realidade da América do Sul, Marianne e Katarzyna Wasowska evocam a migração de polacos para aquele território.

A francesa Elsa Leydier explora o exotismo natural de que o poder se apropriou, e o canadiano Aaeron Elkaim alude à erosão da Amazónia e dos seus povos nativos.

Noutra unidade cultural da UMinho, o Museu Nogueira da Silva, poderá ser vista a instalação fotográfica da brasileira Nina Franco, que retrata a violência persistente contra mulheres.

Aqui também será mostrada a série do colombiano Felipe Beltran, que questiona a ação policial face a pessoas sem documentos.

Ainda em Braga, mas no campus de Gualtar, o norte-americano James Reeder leva à Escola de Medicina gestos (re)fotografados de livros e alheios à era digital.

No B-Lounge da Biblioteca Geral, o francês Luc Choquer traça uma memória de Braga, no ano 2000.

Em Guimarães, Stanislas Guigui apresenta no B-Lounge da Biblioteca da UMinho testemunho da degradação humana, fruto da guerra civil em Bogotá.

Com abertura oficial marcada para sexta-feira, o EI vai passar, em Braga, pelo Mosteiro de Tibães, pela Casa dos Crivos, pelo Museu dos Biscainhos, pelo Theatro Circo, pelo gnration, pelo Edifício do Castelo e pela Galeria EI.

Há igualmente obras patentes no Salão Gótico em Barcelos, na Casa da Antiga Câmara e no Museu Alberto Sampaio, ambos em Guimarães.

No Porto, os trabalhos podem ser vistos no Mira Fórum, no Instituto de Produção Cultural e Imagem, na Cave Photography e nas galerias Salut Au Monde! e Adorna Corações.

"Este festival é uma referência em Portugal pelas suas características e dimensão e é um dos mais antigos e reputados do género na Europa", aponta a UMinho.