A gala “Torga Mundis – a Desconstrução” realiza-se no Teatro Ribeiro da Conceição, em Lamego, distrito de Viseu, e é promovida pela associação Mundis, que tem sede em Vila Real.

“O objetivo é dar oportunidade a agentes culturais locais (grupos e artistas convidados de diferentes matrizes estético artísticas) de reinterpretarem a obra de autores locais”, afirmou à agência Lusa Levi Leonido, presidente da Mundis e docente da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

Dez artistas grupos de Trás-os-Montes foram desafiados a reinterpretarem 10 poemas de Miguel Torga musicados em 1997, no âmbito de um projeto pedagógico e didático de promoção da leitura daquele poeta natural de São Martinho de Anta, em Sabrosa.

Em 1997, o projeto que deu origem ao disco “Crescer com Miguel Torga” nasceu numa outra aldeia de Sabrosa, em Parada de Pinhão. Os poemas foram musicados por Levi Leonido e editados pela Edisco.

“Assim, com a sua revisitação e reinterpretação promove-se musicalmente um contexto de diversidade estilística numa gala que pretende promover a leitura através da música, da fotografia e da performance artística. Temos também como objetivo dar a conhecer, através de várias formas artísticas, a obra poética e não diarística do escritor Miguel Torga”, acrescentou Levi Leonido.

Os poemas de Torga vão ser “revisitados, reinventados e reinterpretados” por Filipe Marado, Vibratuna – Tuna Feminina da UTAD, Marco Aurélio Pinto Moura, Paulo Firmino Meirinhos, Chico Gouveia, Two Guitars – Two Emotions, Douro Arpeggio, Orquestra de Jazz do Douro, Covers de Bruxelas e o projeto Mistério da Cultura, que conta com a participação especial do ator André Gago.

Ao longo destes 23 anos, o disco tem inspirado outros eventos e galas, numa das quais o poema “Eternidade” foi “dito, dançado, pintado, esculpido, cantado, declamado e realizado em termos videográficos”.

“São pelo menos quatro projetos que vão descobrindo o universo ‘Torga Mundis’ que a Mundis (associação) tenta reinventar e dinamizar por forma a que as novas gerações e os novos públicos possam usufruir e melhor fruir da beleza inestimável da poesia de um escritor, mais célebre pelo seu universo diarístico, com um espetáculo num todo interdisciplinar”, referiu o responsável.

A Mundis, sediada em Vila Real, tem como missão, a nível local, promover ações e iniciativas, assim como desenvolver projetos de índole cívica, formativa, editorial, social, cultural e artística.

A nível internacional, a associação quer promover o intercâmbio cívico, cultural, formativo, editorial e artístico essencialmente no espaço lusófono.

A associação tem quatro revistas científicas, designadamente a Europeia de Estudos Artístico, Internacional de Educação, Saúde e Ambiente, Internacional de Ciências Agrárias e Veterinárias e, por fim, a Internacional de Ciência, Tecnologia e Sociedade, e promovemos anualmente o Festival Internacional de Teatro e Artes Performativas, o Congresso Internacional de Artes e Comunicação, o Simpósio Internacional de Investigação em Arte, e o Autumn Festival.

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