Na conferência de imprensa que se realizou no sábado para apresentar as bandas já confirmadas, o diretor do festival Med, Carlos Carmo, adiantou que os espectadores vão continuar a contar com um festival que, através a música, promove o território, as tradições e a identidade” local, mas ter também acesso a “outras disciplinas” que a organização quer “valorizar”.

“Iremos divulgar todas as valências e novidades, mas o que nos trás aqui hoje é dar o primeiro passo e falarmos das primeiras confirmações e bandas”, afirmou, antes de lançar um vídeo com “clips” de bandas que vão estar presentes, como, por exemplo, os portugueses Noiserv, Viviane, Expresso Transatlântico, Albaluna, Plasticine, Criatura, Maro ou O Gajo.

Os brasileiros Johnny Hooker e Mallu Magalhães, o jamaicano Anthony B e o espanhol Rodrigo Cuevas foram outros dos nomes confirmados, numa edição que, à semelhança do que aconteceu no passado, “tenta trazer países que ainda não tenham estado”, neste caso “a novidade da Mauritânia”, destacou o diretor do festival

“Em 2022, vamos ter 90 horas de música, divididas por 66 concertos, divididos por 12 palcos – não vou dizer que são palcos como todos percecionam, mas são 12 palcos/espaços improvisados ou informais onde podem acontecer concertos de música -, cerca de 330 músicos de 21 nacionalidades diferentes”, quantificou.

Carlos Carmo adiantou também que o evento vai igualmente contar com “100 expositores de rua, três exposições de arte e 12 grupos de animação de rua”.

O também vereador da Câmara e Loulé, “entidade pública que financia totalmente o festival”, salientou a efeméride de o evento cumprir “18 anos” e ter “chegado à maioridade”, depois de ter começado, em 2004, como “apoio a um grande evento desportivo, na altura o Euro2004” e de ter contado, em 17 edições, com “576 bandas de 52 países”.

A mesma fonte destacou que, além da música, o festival vai ter também “artesanato, literatura, cinema, teatro, exposições de arte, gastronomia, artes de rua e conferências”, iniciativas que irão ser “tratadas de forma diferente” e trazer “novidades” a um centro histórico de Loulé “cada vez mais requalificado”.

Carlos Carmo disse que estas “novidades” vão também “saltar fora dos muros” do recinto do evento, com iniciativas a realizarem-se “durante o festival, mas também antes e depois”, mas remeteu uma concretização para dia 29 de maio, data em que será feita uma segunda apresentação pública do festival.

O diretor do festival Med falou ainda da importância do evento para a promoção do território e do turismo e revelou que os estudos académicos feitos sobre o impacto turístico “dizem que 40% dos visitantes são estrangeiros e, destes, 39% escolhem vir para o Algarve por causa do festival”.

“Isto demonstra a importância que o festival tem no turismo”, congratulou-se o diretor do Med.