Várias celebridades, como Kim Kardashian e Leonardo DiCaprio, vão desativar as suas contas no Instagram por um dia, esta quarta-feira, dia 16 de setembro, para pedir ao dono da rede social, o Facebook, uma luta mais eficaz contra os conteúdos de ódio e a desinformação nas suas plataformas.

As celebridades, como a atriz Jennifer Lawrence e o ator Sacha Baron Cohen, aceitaram o convite de um grupo de organizações responsável pelo primeiro movimento de boicote contra o Facebook.

No final de junho, o coletivo -que inclui organizações como a associação judaica contra o antissemitismo (ADL) e a organização de defesa dos direitos dos negros (NAACP)- lançou a hashtag #StopHateforProfit ("Stop ao ódio com fins lucrativos").

Na época, várias empresas que anunciam os seus serviços no Facebook suspenderam temporariamente os contratos publicitários nas plataformas da rede social.

Os ativistas acusam o Facebook de desempenhar um papel na "incitação à violência, na divulgação do racismo e do ódio, e de contribuir com a desinformação sobre o processo eleitoral" nos Estados Unidos, que irá eleger o seu novo presidente em novembro, explicou a ADL em comunicado.

"Não posso ficar calada enquanto estas plataformas continuam a permitir a propagação do ódio, a propaganda e a desinformação", escreveu Kim Kardashian no Twitter e no Instagram.

Esposa do rapper Kanye West é uma das personalidades mais populares do mundo no Instagram, com 188 milhões de seguidores, Kim Kardashian também irá desativar a sua página no Facebook.

No início de julho, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, reuniu-se com os representantes do movimento, que exigiram que o gigante das redes sociais adotasse dez medidas imediatas.

Zuckerberg, porém, só aceitou uma: a indicação de um líder com experiência na defesa dos direitos civis.

Com isso, os ativistas, que pedem ao Facebook mais recursos para a luta contra o conteúdo de ódio e no combate à desinformação eleitoral, decidiram manter os protestos e continuam a incentivar os utilizadores, empresas, celebridades e pessoas influentes a boicotarem as redes sociais.

Em agosto, o Facebook anunciou ter eliminado cerca de 790 contas vinculadas ao movimento QAnon, uma teoria de conspiração a favor do presidente Donald Trump.

No início de setembro, a plataforma também anunciou o endurecimento de suas normas sobre propaganda política.