Os equipamentos culturais terão de encerrar a partir das 00h00 de sexta-feira, em Portugal Continental, no âmbito das medidas anunciadas esta terça-feira, dia 13 de janeiro, pelo Governo, para tentar conter a pandemia da COVID-19.

Como as novas medidas permitem celebrações religiosas, Pierre Aderne e Rua Das Pretas anunciaram um concerto "inserido na missa da padre Ismael Teixeira, na igreja de São Mamede em Lisboa".

Horas depois de ter anunciado o concerto, a promotora informou que a Igreja de São Mamede decidiu cancelar o espetáculo. "A Igreja de São Mamede, acabou de informar, que devido ao confinamento, achou por bem cancelar este evento. Pelo facto, pedimos desculpa", explica o comunicado.

A missa estava marcada para as 19 horas de domingo, dia 17 de janeiro, "e o concerto começaria logo a seguir à missa".

Em 13 de junho do ano passado, o Coliseu dos Recreios, em Lisboa, reabriu, depois de quase três meses encerrado por causa das medidas restritivas para conter a COVID-19, com um concerto de Pierre Aderne e A Rua das Pretas.

Aquela sala de espetáculos, que tem capacidade para acolher até quatro mil espectadores, reabriu com um concerto para 120 pessoas.

Os equipamentos culturais terão de encerrar a partir das 00h00 de sexta-feira, em Portugal Continental, tal como aconteceu em março do ano passado.

No ano passado, os espetáculos começaram a ser adiados ou cancelados em março, ainda antes de decretado o encerramento das salas.

Segundo números da APEFE, só entre meados de março e final de abril, foram cancelados, suspensos ou adiados cerca de 27 mil espetáculos.

No dia 1 de junho, as salas foram autorizadas a reabrir, com lugares marcados e o cumprimento de regras de distanciamento físico, embora no final de maio ficasse proibida a realização de “festivais e espetáculos de natureza análoga”, até ao passado dia 31 de dezembro.

O verão decorreu sem os festivais de música, com a Associação Portuguesa de Festivais de Música (Aporfest) a estimar uma perda de cerca de 1,6 mil milhões de euros, contra os dois mil milhões originados em 2019.

A APEFE, por seu lado, ainda antes de apurados os números do quarto trimestre de 2020, atestava que o mercado dos espetáculos registara uma quebra de 87%, entre janeiro e outubro, face a 2019, admitindo que a quebra poderia chegar aos 90%, no final do ano.

Os números concordavam com os das plataformas de venda de bilhetes para espetáculos, em Portugal: a BOL registou uma quebra de 91% no volume de vendas, enquanto a Ticket Line e a Blue Ticket disseram à Lusa terem registado perdas superiores a 80%.

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