José Pinto-Coelho, Presidente do Partido Nacional Renovador (PNR), defendeu o fadista João Braga nas redes sociais. Em resposta à acusação da SOS Racismo, o líder partidário defendeu que todos podem dizer o que pensam. "O João Braga não pode dizer o que pensa, tal como tantos mas que não dizem?! Vêm logo, os inquisidores do dogma politicamente correcto, afiar as espadas e cortar a liberdade de opinião e pensamento. Cobardes", escreveu na página de Facebook da associação.

"Esses totalitários, cobardes e "queixinhas" do SOS-Racismo, vivem do dinheiro dos nossos impostos para impor o seu programa nefasto e pressionar na legislação que criminalize quem defende a identidade.
Não passam de autênticos racistas primários, anti-nacionais e anti-branco", acrescentou José Pinto-Coelho.

Também no Facebook, a SOS Racismo respondeu aos comentários do presidente do PNR.  "A SOS Racismo no decurso deste dia, e a propósito da queixa apresentada à Comissão para a Igualdade, tem vindo a receber na caixa de comentários da sua página de facebook diversas declarações do presidente do PNR José Pinto Coelho, que além de infundadas em diversos aspetos que não são para esta matéria relevantes", frisa a associação, acrescentando que as "declarações foram devidamente documentadas e serão também alvo de queixa".

A associação SOS Racismo apresentou uma queixa depois de o fadista João Braga ter escrito na sua página no facebook “distribuição dos Trumps: Agora basta ser-se preto ou gay para ganhar Óscares” a propósito da cerimónia de entrega de óscares em Hollywood.

Em declarações à Lusa, o dirigente da SOS racismo Mamadou Ba explicou que caberá agora à Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR) atuar e caso deduza culpa esta pode traduzir-se numa coima ou numa reprimenda.

“Mais do que uma opinião estas declarações foram uma ofensa. Que a comissão aproveite o facto de João Braga ser um figura pública para dar um exemplo de que ninguém pode estar impune” disse, adiantando esperar que a comissão atue de forma a servir de exemplo.

Mamadou Ba disse ainda que aguarda uma alteração ao atual quadro jurídico, tornando mais eficaz a produção de culpa e as sanções em situações idênticas, aludindo assim a uma proposta de lei aprovada em Conselho de Ministros que traz mais poderes para a CICDR.