A totalidade da receita de “Édipo”, espetáculo baseado na tragédia de Sófocles, será divida em partes iguais pela Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) e pela MOAS – Migrant Offshore Aid Station, uma fundação de apoio aos refugiados do Mediterrâneo com sede em Malta, disse à Lusa Rui Marques, da PAR.
“A realização deste espetáculo foi uma iniciativa do Chapitô e do Teatro da Trindade que assim quiseram colaborar com o programa da Plataforma intitulado ´Linha da Frente` e que visa apoiar refugiados que se encontram em países como a Jordânia, Líbano e Síria que são os que têm mais dificuldades”, precisou Rui Marques.
“Édipo”, com direção artística da companhia do Chapitô e de José Carlos Garcia e interpretação de Jorge Cruz, Nádia Santos e Tiago Viegas, é um espetáculo estreado há três anos e galardoado, em 2014, em Paris, com o Prémio dos Amigos do Festival “Don Quijote”.
"Este espetáculo é uma iniciativa que saudamos e agradecemos, que vem apoiar a campanha de recolha de fundos lançada na segunda-feira com vista a apoiar os refugiados e que decorrerá até 31 de dezembro", referiu Rui Marques.
A campanha - para a qual foi aberta uma conta bancária, conta PAR /Linha da Frente, no Montepio Geral – destina-se a apoiar dois tipos de ações: o PAR famílias e o PAR Linha da frente.
O PAR famílias está vocacionado para o acolhimento de famílias de refugiados por parte de instituições comunitárias, durante dois anos, e o PAR Linha da frente destina-se a apoiar refugiados que se encontram fora do espaço Schengen, explicou.
Os fundos a recolher durante a campanha serão canalizados para a Cáritas Médio Oriente e ao Serviço Jesuíta aos Refugiados Médio Oriente e Norte de África, acrescentou.
Entretanto, na próxima segunda-feira, no teatro S. Luiz, em Lisboa, realizar-se-á um concerto solidário em que a receita de bilheteira também reverterá a favor dos refugiados, disse Rui Marques.
Trata-se do concerto “Lisboa acolhe”, uma iniciativa integrada nas medidas de responsabilidade social desenvolvidas pela Câmara Municipal de Lisboa e pela empresa municipal de cultura de Lisboa, a EGEAC, que visa sensibilizar a opinião pública e angariar fundos para apoiar o acolhimento de refugiados na cidade de Lisboa e no país.
O concerto conta com a participação de Camané, Carlão, Carlos Mendes, Cristina Branco, Dead Combo, Jorge Palma, Márcia, Rita Redshoes, Samuel Úria, Sara Tavares e Sérgio Godinho e o preço dos ingressos varia entre os 15 e os 40 euros.
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