Depois da estreia, em setembro, no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, o espetáculo partiu em digressão internacional, que se iniciou em Lausanne, na Suíça. Entretanto o texto foi publicado em francês, pela editora Les Solitaires Intempestifs, e o regresso ao confinamento, na Europa, permite, em dezembro, dois espetáculos, em Lisboa, que não estavam previstos.

A agenda inicial da digressão do mais recente texto de Tiago Rodrigues, diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II, previa apresentações em França, em novembro e dezembro, incluindo cerca de um mês de sessões esgotadas no âmbito do Festival d’Automne, em Paris, que foram adiadas devido à pandemia de COVID-19 e ao confinamento decretado neste país.

“Perante o cenário de adiamento de dezenas de récitas de 'Catarina e a beleza de matar fascistas', agendadas para os meses de novembro e dezembro, em vários teatros franceses, o Teatro Nacional D. Maria II optou por antecipar a estreia do espetáculo em Lisboa, nesta fase tão desafiante para o setor cultural”, lê-se numa mensagem do autor da peça, citada pelo comunicado hoje divulgado.

"Em conjunto com o CCB, foi encontrada uma solução que nos permite apresentar o espetáculo já em dezembro, em duas sessões extraordinárias no grande auditório, às quais se seguirá uma digressão nacional e internacional”, acrescenta Tiago Rodrigues.

França, Itália e Bélgica são países para onde a peça deverá seguir em digressão após as duas récitas no CCB.

Em Portugal, será ainda representada no Teatro Carlos Alberto (Porto), de 11 a 20 de fevereiro de 2021, e na sala Garrett do D. Maria II, de 7 a 25 de abril do próximo ano.

A peça fala de uma família que tem por tradição matar fascistas. Numa casa de campo, no sul de Portugal, a família reúne-se para que o seu elemento mais jovem, Catarina, possa iniciar-se no ritual, matando o primeiro fascista que fora raptado de propósito para ser morto.

O dia que estava previsto para ser de festa, beleza e morte, acaba porém por principiar um conflito familiar, pois Catarina revela-se incapaz de matar, recusando-se a ser iniciada no ritual familiar.

Criada por Tiago Rodrigues e produzida pelo D. Maria II, “Catarina e a beleza de matar fascistas” tem interpretação de António Fonseca, Beatriz Maia, Isabel Abreu, Marco Mendonça, Pedro Gil, Romeu Costa, Rui M. Silva e Sara Barros Leitão.