Com tradução de Io Appolloni, atriz de origem italiana com nacionalidade portuguesa, a peça é encenada por Rui Dionísio, diretor artístico do Cegada Grupo de Teatro de Alverca do Ribatejo, e terá duas representações na sala Experimental do TMJB: no dia 14, às 21h00, e, no dia 15, às 16h00, segundo comunicado da companhia.

Trata-se de um acolhimento da Companhia de Teatro de Almada, que visa a peça escrita, em 1982, pelo ator, encenador, cenógrafo, comediante e dramaturgo italiano, Dario Fo (1929-2016), que também compunha, cantava e pintava. A criação da peça foi partilhada com a mulher do escritor, a atriz e dramaturga Franca Rame (1929-2013).

Em "Casal Aberto", os autores desafiam o modelo monogâmico que o poder político e a ordem social impõem, com o argumento da necessidade constituição de família, no seio da relação conjugal, modelo que impõe papéis instrumentais a cada elemento do casal, explica o Grupo de Teatro.

O texto reflete também sobre as relações de poder que determinam a dinâmica das relações conjugais e na consequente violência que daí decorre.

“Uma forma de aprofundar a observação da nossa sociedade e da sua História de costumes”, explica o encenador da peça, Rui Dionísio.

“Casal Aberto” tem interpretação de Eurico Lopes, Gonçalo de Oliveira e Susana Sá, cenografia e figurinos de Ana Paula Rocha e iluminação e sonoplastia de Vladimiro Cruz.

A Companhia de Teatro de Almada, com sede no Teatro Municipal Joaquim Benite, mantém o encerramento às 22h30, desde antes da Resolução do Conselho de Ministros.