“No ano passado, em destaque estiveram o ‘techno’ e o ‘house’ [estilos de música eletrónica]. Este ano a aposta é ir mais longe e abranger uma visão 360º da música eletrónica”, afirmou hoje Carla Kampos, da organização, na conferência de apresentação do festival, em Lisboa.
A dupla britânica Mount Kimbie, a canadiana Jessy Lanza e os portugueses Branko, Moullinex, Holly Hood, Mai Kino, Corona, Rui Maia Holy Nothing, Stereossauro, DJ Kwan, Sam the Kid e DJ Big juntam-se assim aos anteriormente anunciados Hercules & Love Affair (EUA), Marcel Dettmann (Alemanhã), TOKiMONSTA (EUA) e Dekmantel Soundsystem (Holanda).
Branko e Moullinex irão garantir “noites especiais” com as suas “curadorias inéditas”.
Branko, em declarações à Lusa, adiantou que está a preparar oito horas de “música eletrónica de cariz global”.
“Será uma continuação da minha linguagem em termos de música”, referiu o músico e produtor, que se tornou conhecido como um dos elementos dos Buraka Som Sistema.
Moullinex vai aproveitar a sua “maratona de oito horas” com um “DJ set com coisas pelo meio”, que terá alguns convidados. O músico e produtor vai aproveitar a ocasião para assinalar os dez anos da Discotexas (editora que fundou com Xinobi), o novo álbum que irá editar em maio e o novo disco de Xinobi, a ser editado em março.
Outra novidade da edição deste ano do festival é uma sala dedicada ao conceito ‘back to back’ (B2B), onde dois artistas irão ‘confrontar-se’. Hoje foram anunciados os desafios que irão opor Stereossauro a DJ Kwan e Sam the Kid a DJ Big.
Ao todo, o festival irá ocupar seis salas, uma destas dedicada exclusivamente às ‘talks’ (debates e conferências), ‘masterclasses’ (palestras por especialistas) e ‘market’ (mercado).
As ‘talks’ e ‘masterclasses’ voltam a ser coordenadas pelo jornalista e radialista Rui Miguel Abreu, que adiantou alguns dos temas que estarão em destaque: o papel das mulheres no universo da música eletrónica, o crescimento do hip-hop em Portugal e o facto de uma das bases da cena eletrónica global ser Lisboa.
As ‘talks’ e o ‘market’ serão “de acesso livre”, não é necessário ter bilhete para o festival. Os passes para os dois dias do Lisboa Dance Festival já estão à venda e o preço vai aumentando à medida que se aproxima a data da iniciativa.
A primeira edição do Lisboa Dance Festival decorreu a 4 e 5 de março deste ano. Cerca de nove mil pessoas estiveram no festival, de acordo com a organização.
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