Bill Cosby havia tinha pedido recurso no Tribunal Superior da Pensilvânia, que emitiu uma decisão de 94 páginas a confirmar a sua condenação. Agora poderia levar o caso a um tribunal estadual.

"Estamos muito satisfeitos com a decisão de hoje do Tribunal Superior que ratifica o veredito de culpa do júri... assim como a sentença", disse o promotor de distrito Kevin Steele em comunicado na terça-feira.

"Com esta decisão foi ratificado que ninguém está acima da lei".

Cosby, de 82 anos, que rompeu as barreiras raciais com o seu papel de pai e médico na popular séria televisiva "The Cosby Show" (1984-1992), foi declarado culpado em 2018 de drogar e agredir sexualmente Andrea Constand na sua mansão na Filadélfia.

Foi o primeiro julgamento de uma celebridade e o primeiro veredito de culpa por agressão sexual desde o início do movimento #MeToo.

Um juiz da Pensilvânia sentenciou o ator a três anos e meio de prisão por três acusações de ataque indecente agravado.

Um processo anterior em junho de 2017 terminou em julgamento nulo depois de o júri não ter conseguido chegar a um veredito unânime.

Mais de 60 mulheres acusaram Cosby de agressão sexual, mas ele foi julgado apenas pela denúncia de Constand, já que o prazo de prescrição havia expirado nos outros casos.

Cosby insiste em que foi condenado injustamente, e seus advogados argumentaram que cinco mulheres não deveriam ter sido autorizadas a depor no novo julgamento.

Mas o tribunal determinou que as provas entregues por essas mulheres "debilitaram qualquer afirmação de que o autor do recurso desconhecia ou interpretou mal a falta de consentimento da vítima ao contacto sexual", disse a decisão.

Uma dúzia de mulheres que dizem ter sido vítimas de Cosby apresentaram ações civis contra o ator em busca de indemnização por danos e prejuízos.