A instituição equivalente ao Ministério Público britânico anunciou esta quinta-feira que vai arquivar a acusação de agressão sexual iniciada em 2022 contra o ex-produtor de cinema norte-americano Harvey Weinstein no Reino Unido.
Os procuradores afirmaram que, após analisarem as provas, "não há perspetivas realistas de condenação" neste caso de alegadas agressões sexuais a uma mulher em agosto de 1996.
"Justificámos a nossa decisão a todas as partes”, disse Frank Ferguson, do Crown Prosecution Service (CPS), em comunicado de imprensa.
Em junho de 2022, a instituição de investigação criminal britânica autorizou duas acusações de agressão sexual contra o produtor americano, cujos crimes desencadearam o movimento #MeToo em 2017.
"Sempre encorajaremos todas as potenciais vítimas de agressão sexual a apresentarem-se e contactarem a polícia, e iremos processar [os responsáveis], desde que os critérios legais sejam cumpridos", insistiu o CPS esta quinta-feira.
Enquanto Weinstein era processado nos Estados Unidos, a polícia britânica começou a investigar uma série de acusações de agressão sexual contra ele em Londres.
Harvey Weinstein cumpre pena de 23 anos de prisão desde 2020 por agressão sexual e violação nos EUA.
As revelações sobre as suas agressões em 2017 provocaram protestos em todo o mundo e libertaram as vozes de muitas vítimas.
Mais de 80 mulheres acusaram-no de assédio, agressão sexual ou violação, incluindo as atrizes Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow e Ashley Judd.
O Reino Unido investiga ainda a queixa de agressão sexual a uma mulher em outubro de 2017 e outras três contra uma segunda mulher.
O ex-produtor, agora com 72 anos, em breve será julgado novamente em Nova Iorque, após o Tribunal de Apelo anular, em abril, as suas condenações de 2020 pela violação da atriz Jessica Mann, em 2013, e a agressão sexual à assistente de produção Mimi Haleyi, em 2006.
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