Jena Malone revelou nas redes sociais ter sido abusada sexualmente por alguém com quem trabalhou na rodagem “The Hunger Games: A Revolta - Parte 2”, onde interpretou a personagem Johanna Mason.

A atriz partilhou a sua história através de uma fotografia de 2014 num campo em França, recordando que foi tirada logo a seguir à rodagem do filme.

Jena Malone na saga "The Hunger Games"

“Estávamos a filmar numa bela propriedade no interior da França e pedi ao meu motorista para que me deixasse neste campo, para poder chorar e captar este momento. Embora esta temporada em Paris tivesse sido muito dura para mim - terminei uma relação a mal e fui abusada sexualmente por alguém com quem trabalhava - estava cheia de gratidão por este projeto, as pessoas de quem me tornei próxima e este papel espantoso que tive a oportunidade de interpretar”, escreveu.

"Uma mistura turbulenta de emoções com que só agora estou a aprender a lidar. Gostaria que não estivesse ligada a um evento tão traumático para mim, mas acho que essa é a verdadeira selvajaria da vida. Como equilibrar o caos com a beleza. Trabalhei muito para sarar e aprender, através da Justiça Restaurativa [encontro entre vítima e abusador], como fazer as pazes com a pessoa que me violou e fazer as pazes comigo mesma”, acrescenta a atriz no seu depoimento.

"Tem sido difícil falar sobre 'The Hunger Games' e Johanna Mason sem sentir a nitidez deste momento, mas estou pronta para seguir em frente e recuperar a alegria e a satisfação que senti. Muito amor para todos os sobreviventes que andam por aí", continuou.

Nas reações, uma pessoa comentou que o seu agressor tinha conseguido escapar sem repercussões pelo que fez, ao que a atriz respondeu: "Isso não é verdade. Usei a Justiça Restaurativa para permitir sarar e a responsabilidade e o crescimento com a outra pessoa. Foi um processo difícil, mas acredito que realmente me ajudou a passar por algumas das partes mais difíceis do luto”
.
Noutra reação, disse que não tinha revelado a identidade da pessoa em questão por causa da "cultura do cancelamento" e que não via como o sistema judicial poderia ajudar no seu processo de recuperação.