O ator norte-americano Zachary Horwitz, que defraudou investidores em cerca de 650 milhões de dólares [573 milhões de euros] num esquema de pirâmide em Hollywood para financiar um estilo de vida luxuoso de iates, aviões e carros desportivos, foi condenado a 20 anos de prisão.

Além da pena de prisão, o juiz do caso ordenou que Horwitz pague 230 milhões de dólares às vítimas [quase 203 milhões de euros].

O condenado, de 35 anos, convenceu investidores a transferir grandes somas de dinheiro para ele, enganando-os com contratos falsos que ele alegava ter assinado com plataformas de entretenimento como HBO e Netflix.

Com o dinheiro, o jovem ator financiava um estilo de vida que incluía uma luxuosa mansão em Los Angeles, voos particulares, carros desportivos e uma adega de vinho.

"Horwitz apresentava-se como uma história de sucesso de Hollywood. Ele fingiu ser uma figura da indústria que tinha relacionamentos com plataformas de streaming como HBO e Netflix para vender direitos de distribuição para produções estrangeiras a um valor fixo", destacou o Ministério Público, de acordo com o arquivo do Departamento de Justiça.

"Mas como suas vítimas acabaram por descobrir, [Horwitz] não era um empresário de sucesso ou tinha ligações em Hollywood. Ele apenas fingia ser", continuou.

Horwitz, que atuou em alguns filmes de baixo orçamento sob o nome de Zach Avery e ainda teve pequenos papéis em "Fúria", com Brad Pitt (2014), e "O Corvo Branco", de Ralph Fiennes (2018), convencia os investidores de que estava a comprar os direitos de distribuição estrangeira de filmes americanos e depois os vendia às plataformas de streaming.

O homem de 35 anos deu a cada vítima a promessa de grandes lucros entre seis a doze meses.

Ele manteve o esquema durante sete anos, usando dinheiro de novos investidores para pagar aos que tinha anteriormente recrutado.

Quando o esquema desmoronou, Horwitz devia 230 milhões de dólares.

O ator admitiu ter cometido fraude em outubro e reconheceu que nunca comprou direitos de transmissão ou teve contratos desse tipo.

Seria "difícil conceber um crime de colarinho branco mais hediondo", disseram os promotores ao juiz num documento, observando que Horwitz começou a sua vida criminosa enganando amigos de faculdade, segundo o Los Angeles Times.

"Ele começou a trair a confiança dos seus próprios amigos, pessoas que baixavam a guarda porque não podiam imaginar que alguém que conheciam há anos poderia enganá-los pelas suas economias e as dos seus parentes", enfatizaram.

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