Serão cerca de vinte artistas e grupos a pisarem o Teatro Capitólio numa noite de atuações em que a receita de bilheteira reverterá para aquela organização, num cenário de conflito civil na Síria.
"A ideia surgiu de uma maneira muito informal, queríamos sensibilizar as pessoas para o que se passa em Alepo [cidade síria]. Formou-se aqui um movimento cívico muito rápido e com vontade fazer as coisas, para que não fiquemos indiferentes. Há seres humanos a sofrer", disse à agência Lusa a cantora Selma Uamusse, uma das impulsionadoras do concerto.
Marcado para as 21:30 e com bilhetes a 10 euros, o concerto contará ainda com Benjamim, D’Alva, Gospel Collective, Joana Alegre, Joana Barra Vaz, Luísa Sobral, Márcia, Mikkel Solnado, Pedro Tatanka, Rita Redshoes, Selma Uamusse, Tiago Bettencourt, Tó Trips e We Trust.
"Somos músicos, mas, acima de tudo, somos um grupo de cidadãos comuns com vontade de fazer uma coisa mais além do que a simples sensibilização", sublinhou a cantora.
"Como conviver com este nó na garganta? Quase que confundimos Alepo com um campo de batalha, uma cidade tomada, um sítio de fações. Quase. Mas não: Vimos pessoas e ouvimo-las”, lê-se no comunicado de imprensa sobre as razões do concerto, com um texto de Samuel Úria.
A Síria tem sido palco de uma guerra civil nos últimos cinco anos e Alepo era considerado um importante baluarte dos rebeldes. Há milhares de civis retidos na cidade e o plano de retirada dos habitantes foi retomado hoje, depois de ter estado suspenso desde sexta-feira.
Segundo a Organização das Nações Unidas, cerca de 40.000 civis e rebeldes estão sitiados no setor rebelde de Alepo.
Comentários