Ana Bola usou a sua conta no Facebook para comentar o caso que envolve Tony Carreira. O cantor foi ouvido esta segunda-feira por uma juíza do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa, no âmbito do processo em que é acusado pelo Ministério Público de plagiar 11 músicas, seguindo-se o debate instrutório.

"O Tony Carreira ‘roubou’ 11 músicas a autores estrangeiros. Isso equivale a muitos milhares de euros, diria mesmo largas centenas de milhares de euros, em vendas desses discos e dos respetivos concertos em que se tocaram e cantaram essas músicas. Não só o dinheiro dessas vendas, mas também os direitos de autor pagos pela S.P.A (Sociedade Portuguesa de Autores)”, escreveu a atriz na rede social.

"Entretanto, acrescenta: “Não sei se sabem, mas cada vez que uma dessas músicas é passada na rádio, ou na televisão, ou em espetáculos, pinga dinheiro para o autor, o que é justíssimo. Neste caso pinga para o ‘putativo’ autor, que não é autor, mas sim ‘ladrão’ de músicas", frisou Ana Bola.

No âmbito do processo em que é acusado de plágio, Tony Carreira aceitou esta segunda-feira, 27 de novembro, um acordo que consiste na doação de 10 mil euros a Pedrógão Grande e mais 10 mil euros a Pampilhosa da Serra, concelhos afetados pelos incêndios.

Tony Carreira nega plágio mas aceita acordo que prevê doações a Pedrógão e Pampilhosa
Tony Carreira nega plágio mas aceita acordo que prevê doações a Pedrógão e Pampilhosa
Ver artigo

"Foi proposto um acordo que eu, desde o início, disse que aceitava  (...) Estamos à espera da resposta do senhor Nuno Rodrigues. E o acordo proposto foi eu dar uma quantia de dinheiro para os incêndios de Pampilhosa da Serra e um valor para os incêndios de Pedrógão Grande", explicou o cantor.

“Agora está na consciência dele [Nuno Rodrigues]: se ele quer contribuir para ajudar as pessoas vítimas destes incêndios ou não. Mas isso é a consciência dele, a minha é a minha”, disse ainda Tony Carreira.

À saída do Campus da Justiça, Tony Carreira disse ainda aos jornalistas que este acordo não significa que tenha cometido plágio, acrescentando que a decisão de aceitar ou não o acordo proposto, que não contempla o pagamento de nenhum valor à CNM, “ficará na consciência” de Nuno Rodrigues, proprietário da editora, que apresentou a queixa-crime, em 2012.

"Não houve plágio, claro que não houve. O que houve em relação às canções ficou resolvido com os devidos autores", acrescentou.