O "sucesso" da peça estreada em 29 de agosto, com representações previstas até ao próximo dia 13, levou a produtora a aumentar a carreira do espetáculo até 22 de dezembro, justifica a produtora em comunicado.

Joni (Aldo Lima) é um velho amigo de Zezé (José Pedro Gomes) e Toni (personagem do projeto original coprotagonizado por José Pedro Gomes e António Feio) que, durante quase 30 anos, “andou escondido a fazer Erasmus, em Almada”.

Joni é também um "‘enfluencer’" que ganha a vida a fazer vídeos para o “TokTok e o Instafei”.

Com uma linguagem repleta de erros de português (Constituição surge como Constitucionalização, Reforma Agrária como Reforma Algália e Revolução dos Cravos como Revolução dos Catos), Zezé e Jóni surgem sentados numa cadeira, de onde pontualmente se vão levantando, preenchendo parte do palco.

Com um MBA (‘Master Business Admiration’) em Inteligência Artificial, Joni pretende constituir um novo organismo, o SNE, Serviço Nacional de ‘Enfluencer’, que obrigaria à criação de uma nova secretaria de Estado.

Zezé, por seu lado, parece não ter dado pela passagem do tempo: surge com os mesmos valores, sem admitir que agora “elas possam ser eles e eles possam ser elas”, mantendo-se firme e orgulhoso na defesa de uma família tradicional: “Um homem, um bigode, uma mulher e as hipotecas, que são os filhos”.

Em palco, as duas personagens vão abordando temas atuais, como o mundo digital e a igualdade de género.

A saga das ‘tretas’ já cumpriu várias temporadas. Começou em 1997, com “Conversa da Treta” e, já depois da morte de António Feio, em 2010, foi dando lugar a “Filho da Treta” e “Casal da Treta”.

Com textos de Filipe Homem Fonseca, Mário Botequilha e Rui Cardoso Martins, desenho de luz de Luís Duarte e música Alexandre Manaia, a peça fica em cena até 22 de dezembro, de quinta-feira a sábado, às 21:00, e ao domingo, às 18h00, passando para as 17h00, a partir de 20 de outubro.