Os advogados de Johnny Depp desmentiram esta quarta-feira a versão de Amber Heard, que afirma ter sido vítima de violência doméstica por parte do ex-marido em 2016, poucos dias antes de pedir o divórcio.
O ex-casal acusou-se mutuamente de difamação durante o julgamento em Fairfax, perto de Washington, por uma coluna da atriz de "Aquaman" publicada no Washington Post em 2018.
No texto, Amber Heard descreveu-se como uma "vítima de violência doméstica" assediada pela sociedade depois de quebrar o seu silêncio dois anos antes.
No seu artigo de opinião, a atriz de 35 anos não citava Johnny Depp, 58, com quem se casou em 2015, mas mencionava as acusações de violência doméstica que apresentou contra ele em 2016.
Esta quarta-feira, o julgamento concentrou-se no dia 21 de maio de 2016. Naquela noite, Amber Heard afirma que o ator de "Piratas das Caraíbas" atirou um telemóvel contra o seu rosto.
A polícia interveio à noite, mas não redigiu um relatório de ocorrência.
Dias depois, Heard compareceu no tribunal em Los Angeles com um hematoma no rosto para solicitar uma ordem de restrição e iniciar o processo de divórcio.
Mas Isaac Baruch, amigo de longa data de Johnny Depp que morava no prédio do casal em Los Angeles, disse em depoimento que nunca viu nenhum sinal de violência.
No dia seguinte ao alegado ataque, Baruch encontrou Amber Heard no corredor.
"Ela disse-me: 'Ele atirou-me um telemóvel e bateu-me'", lembrou o artista, amigo do ator desde 1980, que pagava o aluguer da sua habitação e parte das suas despesas.
"Olhei para a testa dela, para o lado do rosto, para a bochecha, para o pescoço, para o outro lado do rosto, e não vi nada", descreveu, garantindo que a havia beijado na bochecha alegadamente atingida pelo telemóvel sem que a atriz demonstrasse qualquer reação de desconforto.
A 23 de maio, Baruch voltou a cruzar-se com Heard e não notou "vermelhidão, bolhas, hematomas, cicatrizes", mas viu a atriz entrar no apartamento com uma caracterizadora que trabalha para o casal.
Quatro dias depois, ele soube pela imprensa que a atriz pediu o divórcio ao ver fotografias dela "com essa marca marrom no rosto", lembrou.
Ainda segundo o amigo de Depp, a 3 de junho, Amber Heard comentou: "Disse ao Johnny que não queria nada. Foram os advogados que me pressionaram a fazer tudo isto".
Os advogados de Johnny Depp afirmam que Amber Heard acusou o marido de violência doméstica por vingança, após ele dizer que queria o divórcio.
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