Lançada no início de junho, "The Idol” não vai ter segunda temporada: a HBO optou por não renovar a controversa série dramática no mundo da música criada por Sam Levinson, o mesmo de "Euphoria", com Abel “The Weeknd” Tesfaye e Reza Fahim.

“'The Idol' foi um dos programas originais mais provocadores da HBO e estamos satisfeitos com a forte resposta do público. Após muita reflexão e consideração, a HBO, assim como os criadores e produtores, decidiram não avançar com uma segunda temporada. Estamos gratos aos criadores, elenco e equipa técnica por seu trabalho incrível”, disse o canal no comunicado com a linguagem habitual para este tipo de decisões.

Protagonizada por Lily-Rose Depp e o próprio The Weeknd, a série de cinco episódios centrava-se na história de um guru de autoajuda e líder de um culto moderno, que desenvolve um relacionamento complicado com um ídolo emergente da música pop.

"Depois de um colapso nervoso ter afetado a última tour de Jocelyn (Lily-Rose Depp), ela está determinada a reivindicar o seu status de maior e mais sexy estrela pop da América. As suas paixões são reacendidas por Tedros (Abel “The Weeknd” Tesfaye), um empresário de clubes noturnos com um passado sórdido. Irá o seu despertar amoroso levá-la a novos voos gloriosos ou às profundezas mais profundas e sombrias da sua alma?", resumia a HBO Max, a plataforma onde a série está disponível em Portugal.

As controvérsias à volta da série começaram ainda antes da estreia: em março, um artigo da revista Rolling Stone chamava-se a atenção para uma rodagem afetada por uma "sensação de caos", com atrasos e alterações nos argumentos de última hora, desmentidas pela HBO.

Ainda em 2022, a realizadora Amy Seimetz também abandonou o projeto, o que levou a uma reformulação da HBO para um número reduzido de episódios e à maior intervenção de Sam Levinson e The Weeknd, com alterações no elenco e na equipa e refilmagens prolongadas.

Exibidos em antestreia mundial, os dois primeiros episódios escandalizaram o público do Festival de Cannes por causa da nudez e linguagem explícita.

Com a estreia semanal dos episódios na HBO, a série foi ainda acusada por alguns setores de ser "hostil ao feminismo".