"Vamos iniciar uma nova etapa comunicacional", disse o governante socialista ao inaugurar "Con Maduro +" na televisão pública VTV.
Maduro, que procura a reeleição em 2024 por seis anos, indicou que o programa será transmitido todas as segundas-feiras no país, onde a oposição acusa o governo de monopolizar os meios de comunicação tradicionais.
O mandatário chavista manteve uma presença mediática constante, seguindo os passos de seu antecessor Hugo Chávez (1999-2013).
Desde que chegou ao poder e até 2012, quando anunciou o cancro que causou a sua morte em 2013, Chávez apresentou um programa dominical transmitido através de meios estatais chamado "Alô, presidente", que podia durar horas. O governante combinava esse espaço com cadeias obrigatórias de rádio e televisão.
Na primeira exibição de seu novo programa, Maduro apresentou como "colega" de transmissão um avatar feminino de inteligência artificial que identificou como "Sira", uma referência à "Siri" da Apple.
Paralelamente, desvalorizou críticas ao uso dessa tecnologia em campanhas de desinformação ecoadas pelos media estatais.
O seu primeiro programa na televisão estatal, "En Contacto con Maduro", foi transmitido semanalmente entre 2013 e 2017, como continuidade do "Alô" de Chávez. O espaço foi rebatizado em 2017 como "Los Domingos con Maduro", mas saiu do ar no mesmo ano.
Maduro também teve um programa musical de salsa entre janeiro e dezembro de 2017. Costumava misturar política com música e dançar em frente às câmaras com sua mulher, Cilia Flores.
"Dizem que estou louco porque danço salsa. Ah! Mas se [Barack] Obama dança, ele não é louco, é simpático", queixou-se uma vez face às críticas, referindo-se ao então presidente dos Estados Unidos.
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