
Courtney Henggeler decidiu colocar um ponto final na carreira após 20 anos de luta.
A atriz norte-americana, com 46 anos, começou a carreira num episódio de "House" em 2005 e despede-se após ter sido Amanda LaRusso, a esposa de Daniel LaRusso (Ralph Macchio) e mãe de Samantha (Mary Mouser) e Anthony (Griffin Santopietro), nas seis temporadas de "Cobra Kai", entre 2018 e fevereiro de 2025.
“Depois de mais de 20 anos a lutar a boa causa na indústria da representação, pendurei as luvas na sexta-feira. Liguei aos meus agentes e disse ia desistir. Não queria mais ser uma engrenagem na roda da máquina. Quando me perguntaram o que queria fazer, respondi simplesmente: ‘Quero ser a máquina.’”, escreveu na rede social Substack a 30 de março (via Variety).
E acrescentou: "Tudo o que sempre conheci na minha vida profissional foi representar. Mas nem mesmo a arte ou o ofício de representar. Tudo o que realmente conheci foi a correria. A correria, a rotina, salpicada ocasionalmente com um trabalho curioso como atriz. Talvez um ou dois diálogos na série "House" – ‘Desculpe’ (É isto. Este foi o meu diálogo. Genial!) Arrasei. Ou uma participação especial recorrente que nunca parecia repetir-se... Seja lá o que for o oposto de arrasar. E quando tudo estava dito e feito (ou imitado. Às vezes, é preciso imitar), era altura de voltar à rotina. De volta à engrenagem. De voltar à máquina.”
No cinema, o último papel de Courtney Henggeler foi um papel secundário como a esposa da personagem de Joel Edgerton em "The Boys in the Boat" ("Remando Para O Ouro"), realizado por George Clooney, de 2023.
"Mais de 20 anos disto. Tenho fome [por outros desafios]. E sou considerada uma das sortudas. Participei numa série. Uma série de sucesso. Ganhei dinheiro. O meu rosto estava nos outdoors que esperava há mais de 20 anos. Por amor de Deus, fui dirigida pelo George Clooney. Isto, por todas as definições, é a galinha dos ovos de ouro", escreveu na rede social.
Na despedida, a atriz tem outra perspectiva: “E se escolhermos acreditar que temos o poder? E se o sempre o tivémos?”.
"E se temos estado a entregar o nosso poder porque nos disseram que é assim que se faz? Perdemos a perspetiva sobre a nossa própria máquina, porque estamos convencidos de que precisamos de outra. Esperamos que o poder nos seja concedido. Inscrevemo-nos para os desafios. Corremos o desafio para provar o nosso valor. Para conquistar o nosso lugar. Para sermos coroados com o poder. E se nunca precisássemos correr o desafio? E se nós fôssemos o desafio?”, concluiu.
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