
Hollywood volta a estar ativamente a tentar dramatizar a intensa vida de Madonna, mas agora será para o pequeno ecrã.
Segundo a publicação especializada Deadline, a artista pop entrou numa parceria com a Netflix para finalmente contar a sua história: o projeto para uma minissérie está na fase de desenvolvimento inicial e tem o envolvimento como produtor executivo de Shawn Levy, que ocupa a mesma função na série "Stranger Things" e é o conhecido realizador da saga "À Noite, no Museu" e ainda "Free Guy: Herói Improvável" e "Deadpool & Wolverine" (2024).
O projeto vai começar do zero e não se sabe quantos anos da vida e carreira serão abordados: não está diretamente relacionado com o filme que Madonna tentou fazer para o grande ecrã, oficialmente anunciado em setembro de 2020 e cancelado em janeiro de 2023, que teve o título provisório “Who’s That Girl" (uma referência tanto à canção como ao filme de 1987 "Quem é Aquela Garota?").
Madonna controlava então o processo com mão de ferro: seria a própria realizadora e foi uma das argumentistas até decidir escrever só ela a história. Também estava escolhida a protagonista: Julia Garner, a atriz de "Ozark" e "Inventing Anna", que ganhara o papel a mais de uma dúzia de candidatas, incluindo Florence Pugh, Alexa Demie ("Euphoria") e Odessa Young, bem como as cantoras Bebe Rexha e Sky Ferreira, após um processo de audições descrito como "extenuante" por causa das exigências a nível de canto e dança.
Segundo a Deadline, a atriz continua a ser a hipótese mais provável para ser Madonna, tanto mais que já tem uma relação anterior com a Netflix, dependendo da disponibilidade na sua agenda:as duas foram fotografadas juntas ainda a 2 de março, numa das festas pós-Óscares.
Na altura do cancelamento, várias fontes disseram à imprensa norte-americana que se tratava de um projeto complicado: como condensar mais de 40 anos de carreira? Os muitos rascunhos dos argumentos teriam sempre mais de 180 páginas, o que corresponde a um filme com pelo menos três horas.
Nessa altura, falou-se sobre a hipótese de dividir em dois filmes ou transformar numa minissérie.
A própria artista explicou em termos muito claros a elevada fasquia em que se colocava: "Tive uma vida extraordinária, devo fazer um filme extraordinário. Também foi um ataque preventivo porque muitas pessoas estavam a tentar fazer filmes sobre mim. Principalmente homens misóginos. Portanto, coloquei o meu pé na porta e disse 'Ninguém vai contar a minha história, só eu'".
Aquando do anúncio oficial do projeto em 2020, Madonna partilhou: "Quero transmitir a incrível jornada em que a vida me levou como artista, como cantora, como dançarina, como um ser humano a tentar encontrar o seu lugar neste mundo. O foco deste filme será sempre a música. A música faz-me continuar e a arte mantém-me viva. Existem tantas histórias inspiradoras por contar e quem melhor para contá-las do que eu mesma".
"É fundamental partilhar a montanha-russa da minha vida com a minha visão e a minha voz", destacava.
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