Zeca Pagodinho vai atuar no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, e no Coliseu do Porto Ageas, para celebrar os 40 anos de carreira na música que contam com 12 milhões de discos vendidos, oito nomeações e quatro Grammys conquistados.

A digressão mundial tem como objetivo "levar a cor e a energia do Brasil a todos os brasileiros que moram fora, de forma a matarem saudades do seu país natal, como também partilhar toda a vivacidade da cultura e música brasileiras, nomeadamente com os portugueses, com quem tem uma relação tão boa e calorosa", segundo a nota de imprensa do artista.

No repertório vão estar temas célebres como "Camarão que dorme a onda leva", "Verdade", "Deixa a vida me levar", "Judia de mim", "Maneiras", "Quando a gira girou" e "Ser humano", anunciou o artista à agência Lusa.

O músico esteve quatro anos afastado do palco, mas declarou estar "muito feliz pelo regresso" que tanto "ansiava" e que em Portugal "se sente em casa".

Para Zeca Pagodinho, "estar no palco é para ser feliz e dar felicidade ao público".

O músico sublinhou a importância de trazer o samba a Portugal, frisando que gosta de o partilhar com os portugueses, mas que também é importante para si "matar as saudades dos brasileiros" que se encontram imigrados e que podem encontrar, nos seus espetáculos, um sentimento de regresso a casa.

Contextualizou que deve tudo ao samba, porque foi através dele que a sua vida mudou. Foi numa roda de samba, "a do Cacique de Ramos" que foi descoberto. Seguidamente gravou um hit que tocará em Portugal, o "Camarão que dorme a onda leva" e "tudo mudou".

Tem um selo próprio, o ZecaPagodiscos, que explicou "ser muito importante", pois não só lhe permite lançar o seu próprio trabalho como também a realização de projetos com outros artistas.

Zeca declarou ainda que não faz planos futuros, "deixa a vida" levá-lo, mas "com responsabilidade".