O nascimento oficial dos Xutos & Pontapés aconteceu faz hoje 45 anos, em 13 de janeiro de 1979, no salão de baile dos Alunos de Apolo, em Lisboa, numa noite em que tocaram quatro músicas em pouco mais de cinco minutos.
Na altura, o grupo, que chegou a chamar-se Delirium Tremens e depois Beijinhos e Parabéns, integrava os jovens Zé Pedro, Kalú, Tim e Zé Leonel, influenciados pelo punk-rock que entrava em força na cena musical estrangeira.
No início da década de 1980, em anos diferentes, Zé Leonel abandonou o grupo, e entraram João Cabeleira e Gui.
Quarenta e cinco anos depois do primeiro concerto, o grupo persiste na música portuguesa com mais de uma dezena de álbuns e muitas canções que servem de âncora para um clã do rock com milhares de fãs de várias gerações.
Na sexta-feira de manhã, a banda anunciou nas redes sociais a realização de um “concerto único” no Tokyo para festejar 45 anos “de rock à portuguesa”, para o qual seriam colocados à venda 200 bilhetes.
Algumas horas depois, era anunciado que a lotação do concerto estava esgotada, com “a promessa de um concerto comemorativo de 45 anos a anunciar em breve onde todos possam estar presentes”.
Em dezembro, os Xutos & Pontapés anunciaram um concerto para 13 de abril, no Pavilhão Multiusos de Guimarães, no âmbito da digressão intitulada “Olá, vida malvada” destinada a comemorar os 45 anos de carreira do grupo.
Mesmo depois da morte do guitarrista Zé Pedro, em 2017, a banda manteve-se ativa, em palco e em estúdio, com Tim (vocalista e baixista), João Cabeleira (guitarrista), Gui (saxofonista) e Kalú (baterista).
No final de 2019, editaram “40 Anos a Dar no Duro”, um duplo álbum que reúne as 40 músicas mais marcantes da carreira da banda, alinhadas por ordem cronológica.
A coletânea começa por “Sémen”, o primeiro single da banda, com letra de Zé Leonel e música de Tim, lançado em 1981 pelo radialista António Sérgio e produtor do álbum de estreia da banda, “78/82”, editado em 1982.
O alinhamento de celebração dos 40 anos dos Xutos & Pontapés fecha com “Mar de Outono”, tema retirado de “Duro”, o mais recente álbum de originais da banda, editado em janeiro de 2019.
“Duro” foi o primeiro álbum que editaram após a morte de Zé Pedro, mas o registo inclui gravações feitas ainda por este músico.
Em 2022 e 2023, a banda assinalou os 35 anos do disco “Circo de Feras” com vários concertos pelo país, que chegaram a contar com a participação do guitarrista Tó Trips.
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