A cantora Tina Turner, um dos maiores nomes do rock n' roll, morreu esta quarta-feira aos 83 anos.

"Tina Turner, a rainha do Rock n' Roll, morreu hoje pacificamente aos 83 anos na sua casa em Küsnacht perto de Zurique, na Suíça, depois de uma doença prolongada", confirmou o representante da cantora num comunicado enviado aos meios de comunicação social.

"O mundo perde uma lenda da música e um exemplo", remata o comunicado.

Também na sua página oficial de Instagram foi partilhada a notícia: "É com grande tristeza que anunciamos o falecimento de Tina Turner. Com a sua música e a sua paixão sem barreiras pela vida, ela encantou milhões de fãs em todo o mundo e inspirou as estrelas do amanhã".

"Hoje dizemos adeus a uma querida amiga que nos deixa todo o seu melhor trabalho: a sua música. A nossa sentida compaixão vai para a sua família. Tina, vamos sentir muito a tua falta", termina a partilha nas redes sociais.

Tina Turner tinha passado por uma série de problemas de saúde nos últimos anos, entre os quais cancro, um AVC e problemas renais.

Dona de uma carreira com mais de 50 anos e responsável por temas de enorme sucesso como "When the Heartache Is Over", "The Best", "GoldenEye", "We Don’t Need Another Hero", "Private Dancer" ou "What’s Love Got to Do with It", a cantora norte-americana é uma das mais adoradas intérpretes do rock, célebre por uma forte presença em palco.

A cantora nascida no Tenessee com o nome Anna Mae Bullock, que mudaria para Tina Turner, alcançou o estrelato ao lado do marido Ike Turner na década de 60 com sucessos como "Proud Mary" ou "River Deep, Mountain High". O casamento dos dois não fez apenas manchetes pela carreira musical, mas também por Tina ter sido vítima de violência doméstica.

Na autobiografia publicada em 2018 "My Love Story", Tina Turner detalha a violência de que foi vítima durante o seu casamento. "Ele costumava usar o meu nariz como saco de pancada tantas vezes, que eu sentia o sabor do sangue na minha garganta quando cantava", escreveu numa passagem do livro.

A cantora acabaria por se divorciar de Ike Turner em 1978 e tornou-se uma superestrela com ainda maior relevância a solo nos anos 80, quando tinha 40 anos, numa época em que a maioria dos seus pares estava em declínio.

Ao longo da sua carreira, Tina Turner venceu oito Grammys e entrou por duas vezes para o Rock n' Roll Hall of Fame, primeiro em 1991 com Ike Turner e depois a solo, em 2021.

Em 1985 participou como atriz ao lado de Mel Gibson no filme "Mad Max - Além da Cúpula do Trovão", o terceiro da saga realizada por George Miller. O tema do filme "We Don't Need Another Hero" está na lista das suas canções de maior sucesso.

O seu último álbum de estúdio de originais, “Twenty Four Seven”, foi lançado em 1999 e o último disco que cantora editou foi o registo ao vivo “Tina Live” (2009), em que juntou às gravações em concerto dois temas inéditos: "I’m Ready" e "It Would Be A Crime". Também em 2008 e 2009, fazia a sua última digressão.

A sua vida também deu origem ao biopic "What's Love Got To Do With It" em 1991. A atriz Angela Basset interpretava-a no grande ecrã e foi nomeada ao Óscar de Melhor Atriz pelo papel. Mais tarde, a sua história serviria também de base a um musical da Broadway e a um documentário da HBO, em 2021, que a própria considerou ser uma despedida pública.

Com admiradores que vão de Beyoncé a Mick Jagger, Turner foi uma das artistas mais bem-sucedidas de sempre, vendendo mais de 150 milhões de discos em todo o mundo.

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