A abrir o palco Super Bock esteve Tiago Bettencourt, acompanhado pelos Mantha. Por essa hora, o espaço do certame continuava quase deserto, enquanto os fãs das bandas seguintes caminhavam para a entrada do recinto e enquanto os campistas faziam fila para se refrescarem com um duche de água fria.

Pouco a pouco foi-se juntando uma multidão de jovens que esperavam pela actuação do ex-líder dos The Stokes. Julian Casablancas entrou em cena e desde logo foi recebido com uma ovação de palmas e gritos. O cantor norte-americano foi uma das causas da enchente do segundo dia de festival.

Com um cabelo desalinhado, um casaco futurista, umas calças justas e um par de sapatilhas com ar de teenager, Julian, arrebatou o coração das suas fãs, fazendo-as vibrar um pouco mais quando, pouco antes do final do concerto, desceu do palco e cantou junto do público, à medida que os ia cumprimentando.

Julian Casablancas envergava uma expressão um tanto ou quanto despreocupada e desordenada, ao estilo de um Curt Cobain dos tempos modernos. O repertório do artista foi composto não por temas seus a solo como Glass e Tourist, mas também por canções dos The Strokes como Hard To Explain e River of Brakelights.

A multidão de adolescentes só voltaria a apaixonar-se no concerto dos Vampire Weekend. Antes, os Hot Chip puseram o público a dançar ao som de temas como One Pure Thought e Over and Over, fazendo levantar uma nuvem de pó, que apesar de incomodar o público, não se revelou suficientemente forte para que as pessoas arredassem os pés da frente do palco.

Sem encore dos Hot Chip e sem mais demoras, os Vampire Weekend subiram ao palco, trazendo de volta a histeria dos fãs, que se ouvia para lá do recinto.

Além de fãs envergando cartazes e com o repertório da banda bem decorado, os Vampire Weekend contaram com Holly Miranda e os outros elementos da sua banda na primeira fila, para assistirem ao concerto.

A cantora norte-americana terminara a sua actuação, cerca de duas horas antes, no palco secundário do evento. A antecedê-la estiveram os Sweet Billy Pilgrim, que ainda contaram com alguma assistência por parte das pessoas menos apreciadoras Tiago Bettencourt e esperava pela actuação de Julian Casablancas. Pouco antes do final da actuação de Holly Miranda, o ex-líder dos The Stokes subiu ao palco, roubando, assim, a atenção de muitos fãs, à autora de temas como Waves e Sleep on Fire.

Rita Redshoes foi a actuação que se seguiu no segundo palco. No intervalo entre os concertos do Julian Casablancas e dos Hot Chip, a multidão dispersou-se pelo recinto, concentrando-se num aglomerado de fãs da cantora portuguesa que teve a oportunidade de ouvir temas como Captain Of My Soul, Wich One Is The Witch e Jungle 81, temas retirados do novo álbum da artista, “Lights & Darks”.

Os Vampire Weekend começaram com algumas das suas músicas mais conhecidas como, por exemplo, Holiday e Cape Cod Kwassa Kwassa. O público só dispersou depois do final da actuação da banda norte-americana.

Os mais jovens, que vieram até ao recinto de para assistirem às actuações de Julian Casablancas e Vampire Weekend, foram para casa. O restante público rumou até à tenda electrónica para ouvir Ricardo Villalobos, enquanto outra parte permaneceu em frente ao palco para assistir ao live act dos produtores britânicos, Leftfield, que trouxeram consigo alguns convidados. Com dois vocalistas, uma com voz e corpo de sereia e outro com repleto de ritmos africanos, os Leftfield encerraram a segunda noite do Super Bock Super Rock ao som da música electrónica.

Confere aqui as fotografias do segundo dia do Super Bock Super Rock:

Melanie Antunes