O ciclo foi iniciado em abril com o australiano Brett Leighton, tendo-se realizado um concerto por mês e, segundo a organização, contabiliza-se até junho último uma assitência de 4.500 espetadores.

Fonte da organização afirmou à Lusa que, “dado o êxito de público, vai ser apresentado em breve, pelo organista João Vaz, o próximo ciclo a iniciar no outono”.

"Ao concerto de junho passado, por Rui Paiva, assitiram 1.500 pessoas, com o do próximo sábado certamente iremos aproximarmo-nos de um histórico de 6.000 espetadores em cinco concertos", disse a mesma fonte.

Marco Brescia, organista ítalo-brasileiro, protagoniza o concerto de sábado, às 17h30, com a soprano Rosana Orsini, cofundadora do ensemble Favola d’Argo, que frequenta atualmente o mestrado de interpretação de música barroca no Conservatório de San Pietro a Majella, em Nápoles, Itália.

Doutorada em História e Ciências Musicais, respetivamente, pelas universidades Sorbonne-Paris IV e Nova de Lisboa, é autora da obra “É lá que se representa a comédia: a casa da ópera de Bila Rica (1770-1823)”, publicada em 2012.

Brecia é organista titular do órgão Almeida e Silva/Lobo de Mesquita, de 1789, da Venerável Ordem Terceira de N. S. do Carmo, da cidade brasileira de Diamantina, e organista na basílica pontifícia de São Miguel, da Nunciatura Apostólica, em Madrid, e tem atuado com regularidade em Portugal, Espanha, Itália, Reino Unido, França, República da Irlanda, Hungria, Eslováquia, Peru e Brasil.

Também fundador do ensemble Favola d’Argo, doutor em Musicologia Histórica pela Sorbonne-Paris IV e Universidade Nova de Lisboa, o organista faz parte do grupo de investigadores do centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical da Universidade Nova de Lisboa.

As “Cantadas Al Santísimo” fazem parte de um grupo de 170 obras compostas por José de Nebra, compositor espanhol da primeira metade do século XVIII, mais reconhecido pelas suas zarzuelas, nomeadamente “No hay perjurio sin castigo”.

José de Nebra é o autor da ópera "Amor aumenta el valor", para o casamento da infanta portuguesa Maria Bárbara, com Fernando VI de Espanha, e também o compositor da Missa de Requiem, para as exéquias da rainha de Espanha, filha de D. João V, na capital espanhola.

O órgão de S. Vicente de Fora foi construído em 1756 por João Fontanes de Maqueira e restaurado em 1994, por Claudio e Christine Rainolter.

Segundo o seu organista titular, João Vaz, que irá apresentar o próximo ciclo, este “é um dos maiores e mais importantes instrumentos históricos de toda a Península Ibérica”. “A tubaria, quase integralmente original, divide-se por dois teclados e sessenta meios registos”, referiu.

O Ciclo de Órgão de S. Vicente de Fora é organizado pela editora Althum, em parceria com o Patriarcado de Lisboa.

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