O momento de abertura ficará marcado por um concerto de Sérgio Godinho, acompanhado pela Filarmónica Serpinense, Filarmónica Lousanense, Grupo Cantares das Gândaras, Coro da Cura, Coro Lausus e a Filarmónica 12 de Abril (grupo de Águeda habituado a trabalhar com o cantautor português), foi hoje anunciado, em conferência de imprensa de apresentação do programa de abertura do Teatro Municipal da Lousã (distrito de Coimbra), que foi reabilitado, num investimento de cerca de três milhões de euros.
O concerto é também um sinal da programação que o seu diretor artístico, João Aidos, pretende incutir naquele teatro – um espaço “de envolvimento com a comunidade” e um lugar para o público ser inquietado.
Segundo o responsável, que é também diretor do Teatro Municipal de Ourém, o novo espaço que irá programar pretende trabalhar em rede e envolvendo todo o território, chegar “a todo o tipo de públicos” e ser capaz de sair do seu próprio edifício e “trabalhar fora de si, com outros equipamentos culturais, em espaço público ou nas aldeias” do concelho.
No último trimestre do ano e primeiro de programação do Teatro Municipal da Lousã, haverá vários momentos de diálogo com músicos locais, como a proposta de concerto que junta o pianista lousanense Hélder Bruno com a música Surma e o realizador André Tentúgal (5 de outubro).
O teatro recebe um espetáculo que põe no mesmo palco a associação local de artes performativas Teamus com o grupo de percussão Pulsat e desafiou os alunos da Academia de Bailado da Lousã a apresentar um espetáculo a partir de “A Menina do Mar”, de Sophia de Mello Breyner Andresen, com direção da bailarina Rita Grade.
Até dezembro, haverá várias propostas para escolas e público infantojuvenil, seja sessões de contos, espetáculos de marionetas, ou outros eventos.
Pelo Teatro Municipal da Lousã, irá ainda passar, a 18 de outubro, “Esperando Godot”, adaptação da companhia brasileira Teatro Oficina da obra de Samuel Beckett, o espetáculo de stand-up “Crente”, de Luana do Bem, a 19 de outubro, um concerto de Camané e Mário Laginha, a 26 de outubro, ou “Noite de Reis”, espetáculo de John Mowat e Leonor Keil, a partir da obra de William Shakespeare, entre outros.
Antes da abertura a 4 de outubro, na próxima semana, haverá uma visita encenada ao teatro, por Ricardo Correia, dirigida aos jovens do concelho.
“A obra de reabilitação deste teatro foi bastante exigente, um processo até difícil, mas temos consciência de que o funcionamento será um desafio tão grande - se não maior - que a concretização física deste empreendimento”, notou o presidente da Câmara da Lousã, Luís Antunes.
O autarca vincou que aquele equipamento cultural pretende ser um “elemento âncora da produção artística do concelho”, trabalhando com “a comunidade e, em particular, com a comunidade educativa”.
O programa de abertura custou cerca de 84 mil euros (sem IVA), aclarou.
Questionado pela agência Lusa sobre que orçamento aquele equipamento poderá contar anualmente, o presidente da Câmara da Lousã referiu que há um valor de referência, mas escusou-se a adiantá-lo.
Luís Antunes sublinhou ainda que o município está à procura de ter mecenas associados àquele teatro, referindo que já conta com o apoio da empresa Efapel e tem a convicção de que “outros se juntarão”.
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