
A história de “Caríssimas Canções” está intimamente ligada à edição, em 2012, de “40 Caríssimas Canções – Sérgio Godinho & As Canções dos Outros” – livro que compilou as crónicas publicadas semanalmente no “Expresso” em que Godinho revia os temas, intérpretes e autores que, de uma forma ou de outra, marcaram a sua vida e o seu percurso artístico.
A chegada ao palco deste “Caríssimas Canções” não estava, contudo, nos planos de Sérgio Godinho. No entanto, e a propósito do convite efetuado pelo CCB para a realização de uma apresentação inserida no concerto “Carta Branca a…”, o cantor e compositor achou ser este o momento certo e adequado para uma evocação dinâmica àquele repertório.
“Para mim, vão-se cumprir vários desejos neste concerto. Um é fechar a esfera onde viveram estas canções. Outro é pensar sobre elas nas crónicas (outra partilha), a seguir pô-las em livro, e enfim fazê-las regressar à sua vocação primeira, a de terem um palco e um público cúmplice, quer ambos se conheçam quer não”, partilhou Sérgio Godinho sobre os dois espetáculosnos quaisserá acompanhado por Hélder Gonçalves, Manuela Azevedo e Nuno Rafael.
“As canções serão, nalguns casos, as mais óbvias, porque naturais: ‘Os Vampiros’, de Zeca Afonso, ‘Geni e o Zepelim’, de Chico Buarque”, ou ‘Les Vieux’, de Jacques Brel, são algumas; mas também outras, menos expectáveis, como “Mother’s Little Helper”, de Jagger e Richards, “Sous Le Soleil Exactement”, de Gainsbourg, ou “Volver a los 17”, de Violeta Parra; e, claro, as surpresas, as que, ainda que constassem nas suas crónicas, não esperaríamos ver em palco… mas essas, serão descobertas em dia de concerto”, pode ainda ler-se em comunicado sobre o espetáculo.
“Não serão quarenta, serão as escolhidas para essa função transformadora da sua vida no palco. E, pelo meio, cruzarei pontes para as minhas próprias canções, cantarei também algumas. Não da escolha mais óbvia, mas, uma vez mais, as escolhidas e, como as outras, caríssimas canções”, remata o músico.
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