Em declarações à agência Lusa, Vasco Marques, presidente da Casa do Povo de Briteiros, Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) que organiza o evento, explicou que, ao longo de todo o dia, passaram pelo recinto à volta de cinco mil pessoas, acrescentando que o pico de afluência se verificou pelas 22:00, hora a que estariam no local entre 3.600 a 3.700 festivaleiros.

Dos quatro mil passes ‘online’ gratuitos que esgotaram em poucas horas, Vasco Marques adiantou que 85% dessas reservas foram trocadas no local por pulseiras, mas, sublinhou, sem bilhete apareceu mais de um milhar de pessoas para assistir ao festival que atingiu dimensão nacional após o Rock in Rio Lisboa notificar o Rock in Rio Febras para mudar de nome, alegando uso indevido da marca e concorrência desleal.

Segundo o presidente da Casa do Povo de Briteiros, a organização foi controlando as entradas e as saídas do recinto e, assim que verificava que era possível, entregava pulseiras àqueles sem a reserva ‘online’, permitindo-lhes assim o acesso ao recinto.

Na primeira edição do Rock in Rio Febras, realizada em 2022, passaram pelo recinto cerca de 1.500 pessoas ao longo de todo o dia.

A organização faz um “balanço muito positivo” do evento, revelando que, tanto das bandas como dos festivaleiros, tem recebido “um ‘feedback’ muito bom”.

“Foi algo muito bom. Estávamos com algum receio em algumas coisas, mas as nossas preocupações acabaram por ser teóricas. Na prática, correu tudo bem, não houve registo de nenhum incidente e tivemos três semanas para organizar tudo isto. Fazemos um balanço muito, muito positivo”, frisou Vasco Marques.

Quanto à receita, que servirá para fins sociais ligados à Casa do Povo de Briteiros, “foi muito superior à do ano passado”, mas a organização lembra que as despesas e os custos inerentes a um evento desta dimensão também são muito superiores.

Vasco Marques explicou que houve a necessidade de, em três semanas, contratar “uma série de serviços e de coisas” que não estavam previstas, sublinhando que o pouco tempo que tiveram para solucionar várias questões fez com que os custos também aumentassem.

“A única coisa que ficou abaixo das nossas expectativas foi o lucro final. Não por causa da receita, mas por causa de uma série de custos inerentes à organização, em tão pouco tempo. Falamos de segurança, casas de banho, planos de emergência e de segurança. Não estava previsto. São dores de crescimento”, assumiu este responsável pela organização.

Quanto à data da edição do próximo ano, será revelada nos próximos dias, com a garantia de que o festival realizar-se-á sempre junto às margens do rio Febras.

Nos próximos dias a organização vai também colocar a votação nas redes sociais três ou quatro hipóteses para que os internautas escolham o futuro nome do Rock in Rio Febras.