Os The Killers já não são os únicos a dar cartas na lúdica Las Vegas. Os Imagine Dragons também são da cidade do pecado e jogam forte na arena do indie com vocação popular (nada como a música para fazer convergir conceitos originalmente antagónicos). “Night Visions”, o álbum de estreia, foi editado no final do verão passado nos Estados Unidos da América e demorou a fazer a travessia do Atlântico, mas aqui está ele para fazer as delícias do público europeu. Alavancado pelos singles “It’s Time” e “Radioactive”, “Night Visions” é composto por arranjos opulentos e crónicas da vida banal, ideais para cantar em uníssono num qualquer estádio do mundo.

“Waiting For Something To Happen” é o nome do segundo álbum dos Veronica Falls, a quem muito deveria ter acontecido depois de um glorioso álbum homónimo de estreia, editado em 2011. A banda londrina confunde-se com a cidade que a viu nascer por ser palpitante e sombria, mas sobretudo por refletir o cruzamento de inúmeras influências. Se no álbum homónimo os Veronica Falls já mostravam ser um projeto de horizontes largos, “Waiting For Something To Happen” é a certeza de que, mais dia menos dia, algo de muito importante lhes vai acontecer. Resta esperar e ouvir o muito que têm para contar.

No início de cada ano, a BBC anuncia os nomes a seguir com atenção nos próximos 365 dias e o resto da imprensa faz eco dessas escolhas. No music box, não negligenciamos quem agora aparece, mas o início 2013 está a ser marcado sobretudo por nomes já bem conhecidos do público português. Depois dos Yo La Tengo (álbum soberbo) agora é Mark Everett (nome por trás dos Eels) a mostrar como (bem) se faz. “Wonderful Glorious” assenta em guitarras vibrantes, entrecortadas por baladas arrebatadoras servidas com a voz inconfundível de uma figura basilar do indie rock contemporâneo.

A Deolinda já faz parte do imaginário coletivo português e em 2013 tem mais histórias para contar. Mudou de casa (leia-se editora) e “Seja Agora” é o cartão de visita de um lar onde cabem todos os portugueses. Menos tradicional e mais pop que qualquer outros dos capítulos da banda alfacinha, mas sempre acutilante e certeira, a nova música promete um álbum diferente dos antecessores. É esperar para ouvir.

Quatro anos depois de “Sounds Of The Universe”, os Depeche Mode estão de regresso aos álbuns com “Delta Machine”. O novo longa duração só chega em março, mas o single já pode ser ouvido no music box. “Heaven” é uma celestial canção de piano pop capaz de se transformar numa descida aos infernos para os fãs mais puristas, sobretudo os que vibram com as experiências electrónicas de David Gahan e companhia. Em março saberemos se “Heaven” é regra ou exceção na discografia de uma banda, a todos os níveis, excecional.

Para além dos singles de Deolinda e Depeche Mode, destaque para “A Chata”, primeira música do projeto Ultraleve (junta elementos dos Virgem Suta e Pinto Ferreira), “Full Of Fire”, single explosivo dos suecos The Knife e “After You”, encontro feliz dos Pulp, liderados pelo carismático Jarvis Cocker e James Murphy, dos LCD Soundsystem.

Outros álbuns e singles:

Ala dos Namorados feat. Carlão – “Razão de Ser” (single)

Diego Miranda – “Can’t Say Goodbye” (single)

Grouper – “The Man Who Died In Hos Boat”

Jim James – “Regions Of Light And Sound Of God”

Justin Bieber – “Believe Acoustic”

Nas playlists, destaque para a playlist de Carnaval, o TOP mensal music box e as melhores músicas dos últimos 10 anos, escolhidos através de uma votação no site da BBC Radio 6 Music.

Tudo isto e muito mais para ouvir, guardar e partilhar no music box.