Inserido no ciclo "Black Balloon", o concerto é apresentado como "The death of Walter Benjamin" ("A morte de Walter Benjamin"), planeada há muito tempo e na qual convocará músicas antigas e vários músicos amigos, como explicou Luís Nunes à agência Lusa.

Luís Nunes, 27 anos, editou os álbuns "The National Crisis" (2008) e "The imaginary life of Rosemary and me" (2010), este numa altura em que se repartia entre Lisboa e Londres, e os EP "Ice cream and swinging lettuce" (2009) e "The last summer before our youth" (2010).

Músico e produtor, licenciado em Antropolgia, Luís Nunes gravou canções em inglês, entre o rock e a pop folk - diz ter muitas músicas feitas que nunca sairão -, mas despede-se desse Walter Benjamin para avançar com uma nova identidade.

Regressado a Portugal, depois de ter tido formação em engenharia de som em Londres, Luís Nunes fez desta despedida um "corte radical": "Era fácil ficar preso nesse limbo, mas acabou. Estou a começar um projeto em que componho em português. É uma continução do que era, mas não fazia sentido ser em inglês".

Será a morte do artista, mas com um concerto no qual convocará mais de dez músicos - "para testar os limites do palco do Lux" -, entre os quais dois elementos dos Capitão Fausto, três dos You Can't win Charlie Brown, aos quais se juntam dois bateristas, João Correia e António Vasconcelos Dias, o baixista Nuno Lucas, os guitarristas Bruno Pernadas e Manuel Dordio, João Paulo Feliciano, Francisca Cortesão e Selma Uamusse.

Para assinalar o fim, Luís Nunes editou este mês um "single" no qual recupera o tema "We might never fall in love", regravado com um coro com mais vozes, e acrescenta o inédito "Drive anyway".

@Lusa