Ao ser consultado pela imprensa sobre o processo, aberto a 1 de maio, Lionel respondeu: "Por favor, não, isso é uma falácia".

O coreógrafo australiano Wade Robson entrou com uma ação alegando "abuso sexual infantil", apesar de ter testemunhado, no julgamento por pedofilia de 2005, que Michael nunca tocou nele, como havia informado o Los Angeles Times.

Na ação, os advogados de Robson, que passou algum tempo no rancho "Neverland", de Michael Jackson, pedem que um juiz de Los Angeles lhes autorize a apresentar o seu cliente como credor da herança do cantor.
"Michael Jackson era um monstro e, no seu coração, qualquer pessoa normal reconhece isso", disse o advogado Henry Gradstein, em nota enviada à AFP.

Robson "entrou em colapso pelo stress e pelo trauma sexual causados pelo que aconteceu com ele durante sete anos da sua infância. Viveu com a lavagem cerebral de um pedófilo até que o peso dessa carga o esmagou", acrescentaram os advogados.

Jackson, que sofreu vários processos por acusações de pedofilia, foi absolvido de todos num julgamento em 2005. A sua carreira nunca mais se recuperou.

Segundo Gradstein, Michael Jackson teria dito a Robson: "se alguém descobrir o que fizemos, iremos os dois para a prisão para o resto das nossas vidas".
"Esse tipo de intimidação é tragicamente típico e efetivo, porque mantém as crianças caladas", criticou Gradstein.

Em resposta à nova ação, Howard Weitzman, um dos advogados dos testamenteiros de Michael Jackson, que administram seu património, disse que a acusação de Robson é "patética".
"É um jovem que testemunhou em duas ocasiões, sob juramento, nos últimos 20 anos. Disse em inúmeras entrevistas que Michael Jackson nunca lhe tinha feito nada inapropriado", argumentou.
"Agora, quase quatro anos depois da morte de Michael, criam essa triste e inverosímil acusação. Estamos certos de que o Tribunal a verá como ela é", acrescentou o advogado de defesa.

@AFP