![Jack White acusa Black Keys de imitarem a sua música](/assets/img/blank.png)
Numa nova entrevista à Rolling Stone, e após ter sido apelidado de “imbecil” por Patrick Carney, baterista dos The Black Keys”, White comparou: “Há miúdos na escola que se vestem como toda a gente, porque não sabem como o fazer, e há músicos assim, também”.
O ex-White Stripes continuou: “Ouço anúncios televisivos cuja música soa como a minha, a um ponto em que eu chego a pensar que sou mesmo eu. Metade das vezes, são os The Black Keys. A outra metade é um tema parecido, porque não conseguiram licenciar um dos meus. Há todo um mundo que se contenta com a versão diluída do original. Algumas pessoas vão ouvir isto e dizer: ‘Oh, o Jack White pensa que é a primeira pessoa a tocar blues’. Mas a verdade é que alguns projetos abrem um mercado para certo estilo”.
Jack White não se ficou por aqui no ataque aos The Black Keys, entre outros nomes da música atual. “A Adele a vender 20 milhões de discos? Isso não teria acontecido se a Amy Winehouse estivesse viva. Os The White Stripes fizeram a mesma coisa e, na nossa ausência, vocês irão encontrar alguém para preencher o espaço por nós deixado. E então aparece uma banda como os The Black Keys, que dizem nunca terem ouvido falar dos White Stripes? Claro”.
Um pedido de desculpas e uma explicação foram, entretanto, emitidos por Jack White, cujas palavras atingiram uma proporção que – confessa - não esperava.
“Está a tornar-se óbvio que, de forma a continuar com as atividades que planeei para o resto do meu ano, como músico, sem ser perseguido nessas experiências, devia emitir um comunicado a esclarecer a imensa negatividade que rodeia coisas que eu disse ou escrevi, apesar do facto de, ao fazê-lo, estar a chamar mais atenção para estas coisas”, começou por escrever White, que continua: “Senti-me, de certa forma, forçado a falar sobre opiniões minhas muito privadas, conversas de bastidores, e coisas relacionadas com a minha própria família e amigos. São coisas sobre as quais nunca falei publicamente mas, através de ações de advogados, a tentarem colocar-me como vilão num cenário legal privado, as minhas cartas tornaram-se públicas por razões que continuo sem perceber. As mesmas continham comentários que faziam parte de um cenário muito mais abrangente, sobre o qual é difícil refletir, e um outro que não devia ter de explicar, na medida em que foi de natureza pessoal e privada”.
“Há muitas coisas que só as pessoas à minha volta podem saber ou perceber, mas, apesar disso tudo, eu quero dizer isto: Eu desejo à banda The Black Keys todo o sucesso possível. Desejo o melhor à sua editora, Nonesuch, que tem uma história tão notória na música, e aos seus esforços em dar a conhecer as músicas dos The Black Keys ao mundo. Não desrespeito os talentos da Winehouse, da Duffy, Lana Del Rey ou Adele. Todas elas são performers maravilhosas com vozes incríveis. Tenho os seus discos e desejo-lhes mais sucesso, com o passar dos anos. Elas merecem tudo o que conquistaram. E também gostaria de afirmar que, pessoalmente, acho inspirador ter vozes femininas poderosas e positivas a darem cartas no mainstream, e todas essas cantoras o fazem, por isso agradeço-lhes”, continuou, abordando, de seguida, o tema Meg White, com a qual confessou, numa entrevista recente, não falar muito nos dias que correm: “A Meg White, sobre a qual também falei em entrevista à ‘Rolling Stone’, referindo-me às nossas conversas, ou à falta delas, é, claramente, uma artista que eu, pessoalmente, defendi ao longo de 15 anos. Ela é uma presença feminina forte no rock and rol, e eu também não tinha a intenção de a desrespeitar, apenas de explicar o quão difícil foi para nós comunicar, devido às nossas personalidades muito diferentes. Isto atingiu proporções enormes, originou manchetes, e, de certa forma, pareceu que eu estava a implicar com ela. Eu nunca iria fazer algo assim, publicamente, a alguém de quem gosto tanto. E há montes de entrevistas em que as minhas palavras sobre o quão importante eu acho que ela é para mim e para a música são muito claras”.
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