O grupo, em tournée internacional com uma nova edição do clássico álbum Maiden England, gravado no final dos anos 1980, iniciou o concerto com "Moonchild", seguindo-se "Can I play with Madness" e "The Prisioner". O vocalista Bruce Dickinson saudou o público em português com um "Tudo bem, Brasil?" e arriscou ainda algumas palavras típicas como "caipirinha", "cachaça" e "samba".

A banda terminou a primeira parte do concerto com "Iron Maiden", mas ainda voltou para o tradicional "bis" trazendo "Aces High", "The Evil That Men Do" e "Running Free".

Entre os mais de 80 mil espetadores, uma portuguesa, de 21 anos, fã da banda, atravessou o Atlântico só para vê-los. "Tenho amigos cá [no Brasil] e vim especialmente para o Rock in Rio, porque estou de férias", contou à agência Lusa Patrícia Souto, estudante de informática no Porto.

O último dia de um dos maiores festivais de música do mundo começou às 14:00 locais (18:00 de Lisboa), com a Cidade do Rock bem mais cheia do que os dias anteriores no mesmo horário.

A primeira atuação no palco Sunset esteva a cargo da banda brasileira de heavy metal Viper, que relembrou os tempos da formação original tendo o ex-vocalista André Matos como convidado. Depois, no msmo palco, um encontro brasileiro-germânico, com a banda de thrash metal alemã Destruction a tocar em conjunto com os brasileiros do sul Krisiun.

Os dois grupos iniciaram a apresentação conjunta com "Black Metal", da banda inglesa Venom. O vocalista dos Destruction, Marcel Schmier, manteve sempre uma ligação com o público, mostrando dominar uma vasta lista de ‘palavrões’ em português.

Um outro reencontro, desta vez entre a banda alemã de power metal Helloween e seu ex-guitarrista Kai Hasen atuou no Sunset com a banda a recordar clássicos como "Eagle Fly Fee", "I'm alive" e "Dr. Stein", num concerto para milhares de fãs, que ficou entre os que mais reuniram pessoas no palco secundário durante a edição de 2013. A programação do palco alternativo terminou com a junção entre o heavy metal dos brasileiros Sepultura e a MPB do paraíbano Zé Ramalho.

No início da noite, a banda brasileira Kiara Rocks foi a responsável por abrir o palco principal, animando a audiência de típicos ‘metaleiros’, todos vestidos de camisolas pretas, que formavam um imenso ‘mar negro’ quando visto do alto.

A apresentação do grupo, apontado como uma das principais bandas da nova safra do rock brasileiro, contou com a participação "surpresa" do primeiro vocalista do Iron Maiden, o inglês Paul Di'Anno, e do ex-guitarrista do Charlie Brown Jr., Marcão.

A banda norte-americana de thrash metal Slayer apresentou-se de seguida tocando clássicos como "Raining Blood", "South of Heaven" e "Angel of Death", quando fizeram uma homenagem a Jeff Hanneman, ex-guitarrista da banda, falecido em maio deste ano.

Os norte-americanos Avenged Sevenfold foram os terceiros a subir no palco Mundo, iniciando o concerto com "Shepherd of Fire", seguindo com "Critical Acclaim". Um show pirotécnico fez a abertura para "Hail to the King". A meio do concerto, o vocalista M. Shadows também fez uma homenagem ao ex-baterista da banda, James Sullivan, morto em 2009, com "Fiction".

O ‘show’ dos Iron Maiden, com Bruce Dickinson mais uma vez aclamado pelos brasileiros, encerrou a maratona de espetáculos do Rock in Rio 2013.

Ao longo do evento, que se prolongou sete dias, passaram pelo palco secundário quatro representantes portuguesas "The Gift", "The Black Mamba", a cantora Aurea e "Orelha Negra".

A próxima edição acontece em terras portuguesas, onde o Rock in Rio celebrará 10 anos, em maio de 2014. Os organizadores também já confirmaram a próxima edição no Brasil, em 2015.

@Lusa