O álbum “Gémea Analógica” adota o nome do espetáculo que Filipe Sambado levou para a estrada em 2024, “a partir dos quais foram gravados e agora editados em disco, e com uma edição em cassete pela Revolve”, de acordo com a agência Maternidade, em comunicado.
“Ao despir a imponente expressividade da produção das versões de estúdio, não fica a descoberto somente o seu lado íntimo e frágil: descobre-se a própria pele da canção”, lê-se na nota.
O espetáculo continuará a ser apresentado este ano, estando já agendadas passagens por Aveiro (em 22 de fevereiro no Gretua), Torres Vedras (14 de março no Bang Venue), Porto (22 de março no Passos Manuel), Coimbra (04 de abril no Salão Brazil), Viseu (05 de abril no Carmo 81), Lisboa (26 de abril na Galeria Zé dos Bois) e Loulé (28 de junho no Festival MED).
“Três anos de Escorpião em Touro”, editado em setembro de 2023, é o álbum mais “pesado, triste e denso” que Filipe Sambado já editou, sobretudo pelos temas que aborda, mas que mantém a leveza característica da música que cria.
Em entrevista à Lusa em aquando da edição do álbum, Filipe Sambado contou que o título do mesmo remete para o período que passou entre o este trabalho e o anterior, “Revezo”, que saiu em 2020.
Os últimos anos ficaram marcados por algumas mudanças na vida de Filipe Sambado, como a reafirmação de género, assumindo-se como pessoa não-binária – um seguimento de quem é e foi até aqui -, e a parentalidade.
Filipe Sambado reconhece que é “um bocadinho” inerente à música que cria “manter alguma leveza nas coisas, pelo cariz mais melódico que tem”.
“E por ter um cariz muito tonal também, e uma preocupação harmónica bastante tradicional. Acho que estas ligações todas fazem sempre com que os meus discos tenham uma certa leveza. Acho que é o meu disco mais pesado, mais triste, mais denso, mas não me consigo livrar totalmente dessa parte, desse lado mais leve, dançável, se calhar”, disse.
Neste disco, Filipe Sambado criou um álbum visual, com seis das canções, “as que melhor ilustram os vários momentos do disco”, escolhidos para terem vídeo.
“Sinto que o disco é muito imagético e muito sensorial e poderia ser explorado noutro tipo de meios e de disciplinas”, disse, partilhando a intenção de continuar o álbum visual “ao longo da validade do disco”.
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