O diretor do Festival Marco Abondanza salientou hoje aos jornalistas que o certame é um fator de “internacionalização dos músicos portugueses” e realçou que “leva cultura a lugares que não têm privilégios, pequenas localidades com menor acesso á cultura”

Definindo o Sete Sóis Sete Luas como “um festival de resistentes”, nomeadamente à “massificação pela música anglófona”, Abondanza afirmou-se preocupado com “a situação atual, em que face às dificuldades, o corte na área cultural parecer ser o mais fácil”.

“Este é um festival das culturas mediterrânicas e nunca veremos na programação um músico do norte da Europa”, disse Abondanza.

As novas produções musicais são: Med.Arab.Orkestra, liderada por José Peixoto, que visa “unir as músicas das duas margens do Mediterrânico”, a Mythos.7Sóis.Orkestra, liderada por André Santos, e a Luasitania.Orkestra, que propõe uma “fusão harmoniosa de ritmos espanhóis, portugueses e brasileiros”.

Os outros três novos projetos são a Mazagão.7Luas.Orkestra, liderada pelo músico José Barros, dos Navegante que conta com músicos portugueses, espanhóis, marroquinos, brasileiros e cabo-verdianos, a Vibra-Sóis.Orkestra, que segundo o seu diretor musical, Custódio Castelo, visa “tocar as canções antigas, como a ’Ó rama, ó que linda rama’, artualizando-as, e por último a Lusa.Cordas.Orkestra, dirigida pelo bandolinista Luís Peixoto.

O Festival começa no dia 04 de julho em Oeiras tendo a Fábrica da Pólvora em Barcarena como principal cenário. As outras localidades portuguesas que recebem o Festival são Ponte de Sôr, com uma extensão Montargil, Alfândega da Fé, Castelo Branco, Castro Verde. Elvas, Odemira e Madalena, na ilha do Pico.

Na área da lusofonia integram a rede do Festival Cabo Verde com cinco localidades, e o Brasil com três.

Dos outros países da rede, Marrocos está presente com Tânger e El Jadida (a antiga Mazagão), a Espanha conta quatro cidades, entre elas Ceuta, no norte de África e a Tunísia com Béja.

Fazem também parte as localidades de Frondignam, na França, Ioannina, na Grécia, Piran, na Eslovénia, Rovinj, na Croácia e Baia Spnie e Aiud, na Roménia.

A Itália detém o recorde de localidades – 10 – entre elas, Pontedera, onde se encontra um Centrum Sete Sóis Sete Luas, Roma, Gaeta, Oristano e Pollina.

@Lusa