“Este é um ensaio sonoro e visual, um diálogo entre a música de Bach e novas partículas, criadas e recriadas por Filipe Faria e Sérgio Peixoto para Sete Lágrimas", um diálogo "tecido entre a fotografia e as paisagens sonoras de Filipe Faria... uma colagem de camadas de substâncias lineares... líquidas e sólidas... um exercício…”, lê-se no livro.
O projeto inclui outras valências artísticas, como o bailado e a fotografia, e foi estreado este ano sob o título "L3 Leipzig Lisboa Luanda (a partir Bach)", nos festivais de Barcelona e Grec, de cruzamentos disciplinares, também na capital catalã, em duas 'screendances' realizadas por Filipe Faria com o bailarino angolano Fábio Krayze.
O livro-álbum "Bach" (fotografia, música, ensaio sonoro) inclui 20 fotografias de 09X09 centímetros, a preto e branco, de autoria de Filipe Faria.
O álbum inclui revisitação de peças de Bach: “Aus Tiefer Not scheiich Zu dir” ("Por profunda necessidade venho até ti", em tradução livre), a partir de Martinho Lutero, “Schau, líber Gott, wie meine Feind” ("Vê, querido Deus, como está o meu inimigo"), “Herr, unser Herrscher” ("Senhor, o nosso líder/pastor"), Prelúdio em Dó Maior, do "Cravo bem temperado", “O hilf, Christe, Gottes Sohn” ("Ó Cristo, Filho de Deus"), da "Paixão segundo S. João", o coral “Selig ist die Seele" ("Abençoada é a alma"), "Ach Gott, vom Himmel sieh darein” ("Ó deus, olhai do céu"), coral a partir de Lutero, em articulação com "Oferenda Musical", e a célebra ária “Erbarme dich, Meis Gott” ("Tende piedade, meu Deus"), da "Paixão segundo S. Mateus".
O duo Sete Lágrimas é formado por Filipe Faria (percursão, melódica) e Sérgio Peixoto (voz), que neste projeto contaram com Pedro Castro (flautas, oboé barroco, fagote barroco e duduk) e o contrabaixista João Hasselberg.
Este é o 16.º título da discografia dos Sete Lágrimas, “um ensaio sonoro e visual, um diálogo entre a música de Bach”, celebração dos 25 anos de atividade e pesquisa do duo que se fixou em Idanha-a-Nova.
O duo Sete Lágrimas foi fundado em 1999, por Filipe Faria e Sérgio Peixoto, tendo nome sido inspirado na coleção de danças e canções do compositor renascentista inglês John Dowland (1563-1626) publicadas em 1604 quando era alaudista do rei Cristiano IV da Dinamarca.
O duo tem procurado construir pontes entre a denominada música antiga com a contemporaneidade, e, além dos seus fundadores, Filipe Faria e Sérgio Peixoto, inclui músicos de diferentes áreas da música, e de outras expressões artísticas, segundo os seus projetos.
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