
“A realização [do festival] remonta a 1994 (…) e tem servido para proporcionar um encontro entre a música tradicional madeirense e as músicas do mundo”, afirmou hoje a secretária regional da Cultura, Turismo e Transportes, Conceição Estudante, na apresentação da iniciativa, no Funchal.
Para Conceição Estudante, o “cruzamento de culturas” tem sido um “fator de atração ao festival”, considerando que o certame também “incentivou” o “aparecimento de novos agrupamentos e novas interpretações”.
A organização, da Secretaria Regional, com a Direção Regional dos Assuntos Culturais, apostou este ano, depois das “Noites Temáticas” na edição de 2012, no conceito de fusão, “entre os ritmos que marcaram a antiguidade e aqueles que ganharam corpo na modernidade, entre culturas diferentes que se interligam entre si e entre estilos musicais clássicos e contemporâneos”.
O Raízes do Atlântico, que este ano representa um investimento de cerca de 62 mil euros, arranca no dia 18 com o grupo madeirense Gaitúlia, projeto que nasceu da redescoberta da gaita-de-foles por vários entusiastas, e Melech Mechaya, banda portuguesa de música Klezmer, que a organização apresenta “como a primeira e mais proeminente banda do género em Portugal”.
“Inspirada pelas músicas cigana, árabe e balcânica, assim como pelo fado e pelo tango, esta banda promete grande ritmo, sonoridade e interação com o público, fechando, da melhor forma, este primeiro dia” do certame, de acordo com o diretor regional dos Assuntos Culturais, João Henrique Silva.
No dia seguinte, sexta-feira, sobem ao palco o Quarteto TocArte e o Choro Opus Trio.
O primeiro reúne, na Madeira, quatro nomes de várias origens, de formação clássica: o croata Robert Andres, em piano acústico, o sérvio Slobodan Sarcevic, no acordeão, e os madeirenses Norberto Cruz, no bandolim, e Duarte Salgado nas percussões
O grupo brasileiro Choro Opus Trio vai apresentar “Descendo o Sarrafo”, projeto que recuperou as obras do maestro Amintas José da Costa, o Sarrafo, “importante nome da música brasileira”, afirmou João Henrique Silva.
No sábado, último dia do Raízes do Atlântico, apresenta-se mais um grupo da Madeira, Metáfora, “cujo repertório concilia os cordofones tradicionais madeirenses - braguinha, rajão e viola de arame -, com a influência clássica do violino e com o rock e jazz da guitarra, do baixo e da bateria”, explicou o diretor regional.
O certame, integrado na marca Festivais Culturais da Madeira, produzido pela Agência de Promoção da Cultura Atlântica, encerra com os ATMA, projeto que promete “ritmos árabes, crioulos e portugueses a uma só voz”, disse João Henrique Silva.
Os concertos começam às 21:30 e realizam-se no Jardim Municipal do Funchal.
@Lusa
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