
Concertos, conversas, oficinas, surf, ioga, circo, exposições e espetáculo de ‘drag queens’ são algumas das mais de 40 propostas da 8.ª edição do festival Ti Milha, que começa na sexta-feira na Ilha, concelho de Pombal, distrito de Leiria.
Quase a completar uma década, o festival que nasceu para “mostrar a Ilha ao mundo e o mundo à Ilha”, aposta em “facultar o acesso à cultura nas suas mais variadas expressões”, avançou a organização.
“Estamos muito entusiasmados, porque acreditamos que criámos um grande cartaz e um grande programa para este ano e queremos partilhar esse entusiasmo com as pessoas”, afirmou à agência Lusa David Gomes, um dos responsáveis pela organização do Ti Milha, a cargo da Associação Recreativa e Cultural de Promoção Social.
Como cabeças de cartaz, o festival apresenta na sexta-feira Emmy Curl, os romenos Fanfare Ciocarlia e Moullinex com GPU Panic, no sábado Bia Maria, Criatura e Máquina., e, no domingo, o Coletivo Gira e o Sarau do Rancho.
“Tem de ser destacado o Sarau do Rancho e das capacheiras, que é sempre o momento maior do dia, porque representa - e em que promovemos - a nossa identidade local e a nossa cultura”, frisou o organizador.
Como novidades, o Ti Milha oferece mais tempo e espaço: primeiro, porque se tornou oficial a receção ao campista, na quinta-feira, antecipando o arranque da animação com concerto da banda Dovecote e DJ set; depois, porque pela primeira vez a programação vai para lá do Parque de Lazer da Ilha, promovendo aulas de surf e bodyboard e ioga à beira-mar na praia do Osso da Baleia, também no concelho de Pombal.
A variedade do programa estende-se com poesia de Página Solta, circo contemporâneo de João Pataco, conversa com a psiquiatra e cantora Inês Homem de Melo, cinema, tatuagens, desenho ao vivo ou oficinas de detergentes ecológicos e bordado em fotografia.
Ao todo são mais de 40 propostas e, a fechar a noite de sexta-feira, surge talvez a mais arrojada, com espetáculo de ‘drag queens’ e DJ set: a Glitz Experience.
“Não temos medo de partilhar novos estilos e trazer algo diferente. Todos os anos desafiamos as pessoas a terem uma experiência diferente. A Glitz [Experience] é claramente a experiência mais diferente que vamos proporcionar, mas é mesmo para ir ao encontro de desafiar e promover coisas novas junto da nossa população, para alargar horizontes. Experimentar coisas novas não faz mal a ninguém”, considerou David Gomes.
Acima de tudo, concluiu o organizador, o Ti Milha “mantém a lógica de ser um festival multidisciplinar e multicultural, com muita oferta cultural para as pessoas”.
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