Embora adiantando que José Afonso «não necessita de pretextos» para ser homenageado, a autarca lembrou que passam hoje 25 anos sobre a morte do cantor, ligado a Coimbra enquanto estudante e autor de canções de intervenção.

Sobre o festival propriamente dito, Maria José Santos disse que existiu a «preocupação» de evocar a obra de Zeca Afonso «entre o ontem, hoje e amanhã», revisitando as suas canções em três concertos de 27 a 29 de setembro. O espetáculo inaugural, intitulado «Jovens Músicos de Coimbra recriam Zeca Afonso» vai decorrer no Centro Cultural D. Dinis, na alta universitária.

Do alinhamento consta a banda Biopsia, formada por alunos de Biologia e Psicologia da Universidade de Coimbra, o Grupo de Cordas Castiças de São Frutuoso, o Coro Misto da Universidade, João Queirós (guitarra e voz) e a poesia de Rui Damasceno.

A 28 de setembro, no auditório do Conservatório de Música de Coimbra, atua o Grupo Cordis, que se define pelo «diálogo constante entre o piano e a guitarra portuguesa», a que se juntam músicos de fado, jazz e rock, o Quarteto de Cordas da Orquestra Clássica do Centro e as cantoras Sofia Vitória, Cuca Roseta e Ana Sofia Varela. Por último, a 29 de setembro, o Teatro Académico de Gil Vicente recebe o Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra para uma evocação da biografia musical de José Afonso.

Em palco estarão ainda músicos e cantores contemporâneos de Zeca Afonso, como Octávio Sérgio, Rui Pato, Vitorino e Janita Salomé e «um conjunto de coralistas que ao seu lado cantaram no então Orfeon Académico», lê-se num documento da produção. De acordo com Maria José Santos o espetáculo inaugural tem entrada gratuita e os dois seguintes bilhetes a cinco euros para o público em geral e 2,5 euros para estudantes, revertendo a receita para duas associações da cidade.

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