Hoje, a sala Suggia recebe a Orquestra Sinfónica do Porto, sob direção de Christian Zacharias, que também estará ao piano, para interpretar um programa que inclui a Serenata n.º2, de Johannes Brahms, e a Sinfonia n.º 4 em ré menor, de Robert Schumann.
“Várias centenas de teclistas, alunos de escolas vocacionais de música de diversos pontos do país, distribuem-se pelos diferentes espaços da Casa e mostram a um público entusiástico o talento que têm, contribuindo para a criação de uma atmosfera muito especial”, pode ler-se no ‘site’ da Casa da Música sobre a iniciativa que acontece no sábado e domingo.
No mesmo texto, a instituição acrescenta: “Não é uma novidade, mas todos os anos nos surpreende. Para 2023 aguardamos, como de costume, uma participação muito expressiva nas salas da Casa da Música”.
Também inserido nesta homenagem está o concerto de domingo, da sino-americana Zee Zee, que a Casa da Música descreve como um dos grandes destaques do ciclo de piano de 2023. O concerto vai incluir peças de Wagner, Schoenberg, Ravel e Liszt.
Helena Sá e Costa nasceu numa família de músicos, neta de Bernardo Valentim Moreira de Sá, fundador do Conservatório de Música do Porto, e filha da pianista Leonilda Moreira de Sá e Costa e do pianista e compositor Luiz Costa, além da irmã, Madalena, uma das violoncelistas mais reconhecidas do país.
Ao longo de várias décadas, atuou em concerto em dezenas de países e colaborou com vários músicos e compositores, recebendo em 1983 a Medalha de Mérito da Cidade do Porto e em 1989 a mesma distinção da Secretaria de Estado da Cultura, bem como o Prémio Almada (2000), entre outros galardões.
O Jornal de Letras, no obituário que lhe dedicou após a sua morte a 8 de janeiro de 2006, afirmou que “a história contemporânea do piano, em Portugal, pode contar-se através de um nome, Helena Sá e Costa”.
E foi mais longe ainda: “O seu caminho contém as etapas dos grandes intérpretes mundiais e a construção de um legado, em sucessivas gerações. Estudou com Alfred Cortot e Edwin Fischer, acompanhou músicos como Pablo Casals e Arthur Grumieux, trabalhou com as maiores orquestras e regentes. A crítica internacional reconheceu-lhe ‘a compreensão perfeita’ de Bach, Mozart, Beethoven”.
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