![B Fachada, Minta e João Correia apresentaram «Os Sobreviventes» no Lux](/assets/img/blank.png)
E que melhor forma de fechar as celebrações do 25 de Abril do que dançando e cantando? Foi isso que fizeram todos aqueles que se deslocaram ao Lux, na passada noite de 25 de Abril, para ouvir, pela voz de B Fachada, Francisca Cortesão (a.k.a. Minta) e João Correia, as novas versões de um dos álbuns mais marcantes de Sérgio Godinho. Foi o primeiro do músico, chama-se “Os Sobreviventes” e foi lançado três anos antes do 25 de Abril.
Porque os 40 anos da Revolução dos Cravos ainda estão presente na cabeça e no coração das pessoas, esta noite acabou por ser uma espécie de segunda parte, mais intimista, da noite anterior, que juntou milhares de pessoas no Terreiro do Paço e por onde o nosso anfitrião da noite, B Fachada, já havia passado.No Lux não foram milhares, mas foram barulhentos e sabiam na ponta da língua quase todas as canções que por lá desfilaram. A abrir, “Que Força é Essa”, com um breve “Bem-vindos” a servir de intervalo para os temas seguintes: “A-A-E-I-O”, “Descansa a Cabeça (estalajadeira)” e “O Charlatão”.
“Obrigada, amigos” é o sinal de mudança para Francisca Cortesão, que começou por interpretar “Paula” sozinha à guitarra, para, mais tarde, ser acompanhada pelas teclas de B Fachada e pela bateria de João Correia. “Que Bom Que É” tomou as rédeas da noite e levou o público a cantar (e a desafinar) uma das canções mais bonitas deste álbum. Depois tivemos “A Linda Joana” com nova roupagem. Desta vez trouxe um “vestido que muito bem lhe cai”, numa versão diferente da apresentada no trabalho, apenas instrumental. “Foi uma linda Joana que não está no disco, mas o disco está incrível, para quem ainda não conhece”, explicou-nos B Fachada.
“Cantiga da Velha Mãe e Dos Seus Dois Filhos” e o “Senhor Marquês” foram as canções que se seguiram, novamente com o público a cantar de cor as desventuras do senhor marquês. Depois, “Farto de Voar”, “Romance de Um Dia na Estrada” e um dos momentos mais esperados da noite: “Maré Alta”.
E porque era noite de 25 de Abril, os cravos não podiam faltar. Havia um na mão de B Fachada, que desejou a todos “um feliz 25 de Abril”, antes de agradecer a presença do público e de sair.O encore foi feito com uma canção de José Mário Branco porque, conforme explicou B Fachada, “já cantámos todos os temas do álbum”. A fechar, uma repetição, mais breve, de “Maré Alta”, desta feita só com percussão. “Que a liberdade está a passar por aqui”, cantou-se no palco e na plateia, 40 anos depois de esta se ter instalado nas nossas vidas.
Texto: Helena Ales Pereira
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