Ponta de lança da música experimental da península ibérica, Alfredo Costa Monteiro vai apresentar um dispositivo electro-acústico conjuntamente com o coletivo espanhol Crater Collective, especializado em cinema experimental.
Intitulada "Equinox", a peça reúne imagens e sons de forma repetitiva com o fim de criar um experiencia intensa e física para o espetador. "Chega a ser hipnótica e a intensidade é tal que nem todos podem vê-la", disse o músico à agência Lusa.
O projeto nasceu há 3 anos, em Barcelona, de uma vontade de ligar as ondas do som e da luz até criar frequências que literalmente vibram, segundo explicou Alfredo Costa Monteiro.
O músico não é um desconhecido da Cave 12. "Em 10 anos que conheço a casa, já deve ser no mínimo a 6ª vez que venho. Há pouco espaços que têm as condições ótimas para este tipo de trabalho", disse à Lusa o artista português.
Alfredo Costa Monteiro faz parte da segunda geração de artistas de música experimental europeia que iniciaram o seu trabalho nos anos 80.
O artista português modela o som nos seus extremos. Papel, motores, osciladores, rádios, molas, material analógico, tudo serve para construir uma música densa e fascinante.
Originário do Porto, Alfredo Costa Monteiro esteve 20 anos em Paris, onde estudou as Belas Artes.
Desde das suas primeiras instalações, o som teve sempre um papel importante, mas ao longo dos anos passou a ser o seu principal material de expressão artística, de acordo com o músico.
Desde dos anos 1990, está baseado em Barcelona, onde se dedica essencialmente ao som e à 'poesia sonora'.
Alfredo Costa Monteiro gostava de divulgar mais o seu trabalho em Portugal, particularmente o seu último projeto a solo de poesia sonora.
"Sim gostava de atuar em Portugal, já que estou a desenvolver um trabalho de poesia sonora com várias línguas e uma delas é o português", afirmou.
Na sua digressão pela Suíça, o artista português e o coletivo espanhol vão atuar em Lausana, dia 8 de janeiro, e em Basileia, dia 10 de janeiro.
@Lusa
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