Menos de um ano depois da passagem pelo MEO Kalorama, em Lisboa, os Arcade Fire reencontraram-se com os fãs portugueses no NOS Alive. Esta quinta-feira, dia 11 de julho, além da banda canadiana, os Smashing Pumpkins e Benjamin Clementine também brilharam no palco principal do Passeio Marítimo de Algés, em Oeiras.
Pouco depois da meia-noite, os Arcade Fire subiram ao Palco NOS para fechar a primeira noite da edição de 2024 do festival. Como sempre, o grupo de Win Butler e Régine Chassagne foi recebido com euforia pelos festivaleiros - é assim desde agosto de 2005, quando a banda se estreou em Portugal, no Paredes de Coura.
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Apesar de estarem a celebrar 20 anos de “Funeral”, álbum de 2004 que os catapultou para o estrelato, os Arcade Fire não trouxeram ao NOS Alive a digressão que celebra as duas décadas do disco, escolhendo apostar numa grande viagem pela carreira. Mas claro que temas como “Wake Up” ou “Rebellion (Lies)” fizeram parte do alinhamento e carimbaram os momentos altos da noite.
O grupo de Win Butler e Régine Chassagne trouxe ao festival canções do último álbum (“WE”, editado em 2022), como “Age of Anxiety II (Rabbit Hole)”. “Creature Confort”, um dos temas mais populares de “Everything Now” (2017), também não faltou.
O alinhamento contou com temas como “Neighborhood #3 (Power Out)”, “Reflektor”, “No Cars Go”, “Afterlife”, “The Lightning I” e “The Lightning II”, que garantiram momentos de total comunhão entre o grupo e os fãs - é o sinal que a relação de quase 20 anos está para durar.
Depois de “The Suburbs” e “Unconditional (Lookout Kid)”, esta recebida em total euforia pela multidão, os Arcade Fire despediram-se dos fãs (não um adeus, mas um até já) ao som de “Everything Now” e “Wake Up”.
Smashing Pumpkins, uma viagem no tempo
Os Smashing Pumpkins também já são da 'casa' - o grupo atuou na edição de 2019 do festival - e roubaram atenções aos cabeças de cartaz do dia. A banda liderada por Billy Corgan não deixou de fora os clássicos e recebeu em troca grandes ovações coletivas.
O arranque da noite, que foi mais que perfeita para os músicos e para os fãs, arrancou com "The Everlasting Glaze", do disco "Machina/The Machines of God", editado em 2000. Na primeira canção ficou dado o mote para todo o concerto: energia, rock e celebração.
"Doomsday Clock", "Today" e "Spellbinding" foram entregues no arranque e, ao quinto tema, os norte-americanos fizeram a multidão vibrar com "Tonight, Tonight". "Olá, Portugal. Boa noite. Nós somos os Smashing Pumpkins. Muito obrigado, Lisboa", disse o vocalista, em português.
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"That Which Animates the Spirit", "Disarm" e "Bullet With Butterfly Wings", que mexeu com as emoções dos fãs, também fizeram parte do alinhamento e o público provou ser sempre o coro perfeito de Billy Corgan."Perguntam-me qual é o meu sítio favorito para tocar e eu digo que é aqui", disse o vocalista.
A grande despedida foi ao som de dois temas que bateram forte nos corações dos fãs: “Cherub Rock” e “Zero” garantiram um final em apoteose da grande viagem pela carreira da banda.
O arranque com Benjamin Clementine e Nothing but Thieves
Quem também já conhece Portugal de norte a sul é Benjamin Clementine. O compositor e cantor inglês subiu ao palco às 20h00 e serviu a banda sonora para o final de tarde.
No NOS Alive - o 23.º concerto do artista em Portugal -, apresentou canções como "Residue", “Delighted" ou “Phantom Of Aleppoville". Entre canções, Benjamin Clementine tentou arriscar falar português e arrancou gargalhadas ao público ao tentar dizer 'condolências' durante o tema "Condolences". "Obrigado. É tudo o que sei dizer", gracejou.
Pela segunda vez em Portugal, os Nothing but Thieves tiveram a missão de abrir o Palco NOS. No concerto, a banda britânica apresentou “Dead Club City, o quarto álbum editado em junho. O grupo, oriundo de Southend que emergiu dos desafios da pandemia, também recordou temas dos três primeiros discos e surpreendeu os fãs com uma versão de "Where Is My Mind?", dos Pixies.
Antes do concerto, em conversa com o SAPO Mag, o guitarrista Dominic Craik recordou o início da carreira e histórias de bastidores - veja aqui a entrevista.
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Do Texas para Oeiras: Black Pumas
Antes do sol se pôr, às 20h40, os Black Pumas foram os protagonistas no Palco Heineken. O duo norte-americano, que ganhou reconhecimento inicial com o álbum de estreia, lançado em 2021, abriu o concerto com a cativante “Fire” e seguiu viagem ao som de “Stay Gold” e “More Than a Love Song”, a canção mais celebrada do último álbum, “Chronicles of a Diamond” (2023).
A química da dupla é inegável - a voz de Eric Burton casa na perfeição com os acordes de guitarra de Adrian Quesada -, levando o público numa viagem até ao Texas.
O fim de noite com Jessie Ware
Já de madrugada, depois dos Arcade Fire se despedirem do público, foi a vez de Jessie Ware encontrar o seu público fiel no Palco Heineken. Considerada uma das das principais vozes da música pop britânica da atualidade, é já uma presença assídua nos festivais portugueses - no ano passado, a cantora atuou no Vodafone Paredes de Coura e, em 2022, subiu ao palco do MEO Kalorama.
No Passeio Marítimo de Algés, Jessie Ware apresentou temas do seu mais recente disco. Como sempre, "Wildest Moments", "Running", "Say You Love Me", "What's Your Pleasure?" ou "Free Yourself" marcaram os momentos altos do concerto.
No primeiro dia do NOS Alive, o Palco Heineken recebeu também os Parcels, banda australiana, atualmente sediada em Berlim. Em palco, o teclista Louie Swain, o teclista/guitarrista Patrick Hetherington, o baixista Noah Hill, o baterista Anatole "Toto'' Serret e o guitarrista Jules Crommelin contagiaram, como sempre, o público com sua boa energia.
Mazela, Unknown Mortal Orchestra e Moullinex △ GPU também subiram ao Palco Heineken esta quinta-feira. Já o WTF Clubbing contou com concertos de Conhecido João, Silly, Conjunto Corona, Bateu Matou, Zengxrl, Awen b2b Djeff b2b Xinobi, Âme b2b Trikk e Fresko bsb Vallechi.
No palco Coreto, Inês Apenas foi o grande destaque do dia. Em conversa com o SAPO Mag, a artista de Leiria confessou que era um sonho atuar no festival - veja aqui a entrevista.
O NOS Alive volta a abrir portas esta sexta-feira, 2 de julho. Dua Lipa é a cabeça de cartaz do segundo dia.
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