O ator austríaco Christoph Waltz, vencedor de dois Óscares, o francês Louis Garrel e a americana Gina Gershon serão as principais estrelas de uma nova comédia romântica de Woody Allen, que começará a ser filmada no País Basco espanhol a 10 de julho, anunciou a sua produtora esta terça-feira (4).

"O filme narra a história de um casal americano que vai ao Festival de Cinema de San Sebastián. Uma comédia romântica que se resolve de um modo divertido", indicou a Mediapro num comunicado.

"O casal fica impressionado com o festival, assim como com a beleza e o encanto da Espanha e a fantasia do mundo do cinema. Ela tem um caso com um brilhante realizador de cinema francês e ele apaixona-se por uma bela espanhola que mora na cidade", continua a descrição.

A rodagem deverá decorrer até ao final de agosto, em San Sebastian, sede do festival de cinema.

Também fazem parte do elenco os atores espanhóis Elena Anaya ("A Pele Onde Eu Vivo") e Sergi Lopez ("O Labirinto do Fauno").

O novo projeto de Allen, de 83 anos, é mais um exemplo do seu caso de amor com as grandes cidades europeias: em 2008, lançou "Vicky Cristina Barcelona", que se passou na capital catalã e também foi financiado pela Mediapro. A mesma produtora ficou responsável por "Meia-noite em Paris" (2011) e outros filmes tiveram Roma e Londres como cenário.

Este projeto, sem título oficial, será a 51ª longa-metragem do realizador.

Antes, chegará a vários países europeus, incluindo Portugal (24 de outubro) o último trabalho, "A Rainy Day in New York": Timothée Chalamet, Elle Fanning, Selena Gomez, Jude Law, Diego Luna, Rebecca Hall e Liev Schreiber, fazem parte do elenco de mais uma comédia romântica que acompanha a história de dois amantes de faculdade, que decidem passar um fim de semana especial em Nova Iorque e acabam envolvidos em situações complicadas.

A estreia europeia contrasta com a situação nos EUA, onde Woody Allen processou o grupo Amazon no início de fevereiro por quebra de contrato, culpando o gigante da Internet por cancelar a estreia do filme e encerrar os seus acordos de produção. O processo está em andamento e poderá ser julgado em 2020.

A Amazon confirmou que rompeu o compromisso de financiar quatro filmes no total de 68 milhões de dólares, justificando a decisão pelas "repetidas acusações" contra o cineasta e as suas "declarações controversas".

A imagem de Woody Allen deteriorou-se desde que o movimento #MeToo começou em outubro de 2017 e foi atingido pelo regresso das alegações de abuso sexual feitas pela sua filha adotiva Dylan, que teria ocorrido em 1992.

Na altura, o realizador desmentiu-as sempre e os processos foram arquivados depois de duas investigações em separado.

Vários atores e atrizes que trabalharam com ele distanciaram-se publicamente e disseram que não voltariam a fazê-lo, incluindo parte do elenco do novo filme: Chalamet, Gomez e Hall vieram a público dizer que se arrependeram e doariam os respetivos salários a associações ligadas ao movimento #TimesUp.

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