Bastante aplaudido nos bastidores, por onde passou para responder às perguntas dos jornalistas depois de receber a estatueta, Tazewell salientou a natureza histórica desta vitória.

“Este é o pináculo da minha carreira”, disse. “Desenho roupas há mais de 35 anos, muito para a Broadway e agora para cinema. Durante todo este tempo, nunca houve um designer negro que eu visse que podia seguir e ver como inspiração”, realçou.

Ser o primeiro, considerou, tornou-se o seu “momento do Feiticeiro de Oz”, algo extraordinário.

Com “Wicked”, Tazewell ultrapassou os designers que vestiram as estrelas de “Gladiador II”, “Nosferatu”, “Conclave” e “A Complete Unknown”. Foi um trabalho de equipa, salientou o vencedor.

“Não há forma de fazer isto sozinho, e a minha maior alegria é colaborar com outros artistas talentosos”, disse Tazewell, afirmando que partilhava a estatueta com a sua equipa.

O designer também admitiu, nos bastidores, que ficou “muito impressionado” quando viu o resultado final de “Wicked”, explicando que a equipa trabalhou nos dois filmes – parte I e II – ao mesmo tempo.

“Foi quando vi uma das versões finais que compreendi a experiência que criámos para as audiências”, descreveu. “Isto definiu o porquê de eu desenhar guarda-roupa”.

Paul Tazewell também revelou que várias designers de moda que o antecederam no cinema serviram como inspiração.

Este foi o primeiro Óscar da noite para “Wicked”, que chegou à 97ª edição dos Prémios da Academia com 10 nomeações, a par de “O Brutalista” e apenas atrás de “Emilia Pérez”, que lidera com 13 nomeações.

A noite mais esperada em Hollywood decorre no Dolby Theatre, em Hollywood, com 52 filmes nomeados em 23 categorias.