Os números são impressionantes: 3120 filmes recebidos, 250 películas seleccionadas para as diversas secções do certame, 23 estreias mundiais (20 das quais de fitas não portugueses), 263 sessões de cinema. Das películas a ver, há 159 curtas e 91 longas-metragens, divididos entre 40 animações, 66 documentários, 29 filmes experimentais e 115 ficções. Na competição nacional, haverá 29 filmes portugueses, nove deles de longa-metragem.

À sexta edição, o IndieLisboa, cujo programa completo acaba de ser divulgado, aposta na consolidação e na variedade.

A estreia nacional de
«Singularidades de Uma Rapariga Loura», de
Manoel de Oliveira, será um dos pontos altos do certame, que terá como momento de visibilidade maior a presença do incontornável cineasta alemão
Werner Herzog. Ele é um dos homenageados deste ano da designada secção «Herói Independente», e apresentará na sessão de abertura um dos seus mais recentes filmes, o documentário
«Encounters at the End of the World», nomeado este ano ao Óscar.

Herzog é um dos cineastas mais importantes do movimento a que se convencionou chamar Novo Cinema Alemão, com filmes como «Aguirre, o Aventureiro» (1972), «O Enigma de Kasper Hauser» (1974) ou «Fitzcarraldo» (1982). O Indie apresentará uma larga retrospectiva da sua obra, além de uma exposição e a edição de um livro biográfico.

Jacques Nolot é o outro «Herói Independente» deste ano, cineasta com extensa carreira como actor e quatro importantes filmes como realizador, o mais relvante dos quais será eventualmente «Le Chatte à Deux Têtes», uma das películas que ajudou o crítico James Quandt a cunhar o termo Novo Extremismo Francês, para designar uma tendência do cinema do hexágono que compreendia fitas como
«Intimidade», de Patrice Chéreau, ou
«Pola X», de Leos Carax.

Além das habituais secções
IndieJunior,
IndieMusic,
Observatório e
Director’s Cut, o festival estreia este ano mais duas:
Pulsar do Mundo, que integra películas que lidam com questões relevantes da actualidade mundial; e
Cinema Emergente, para dar espaço «às novas linguagens do cinema contemporâneo, a experiências narrativas originais e a talentos emergentes, em curta e longa-metragem».

Entre as estreias de filmes portugueses programadas para esta edição, refiram-se as de «Águas Mil», de
Ivo M. Ferreira, «Ruínas», de
Manuel Mozos, «Birth of a City», de
João Rosas e «Muitos Dias tem o Mês», de
Margarida Leitão.

O festival, organizado pela Zero em Comportamento – Associação Cultural, divide-se este ano pelas salas dos cinemas S. Jorge, Londres, Fórum Lisboa, Cinema City Classic Alvalade e Auditório do Museu do Oriente.

Em benefício da sua sustentabilidade, o IndieLisboa beneficia pela primeira vez a partir deste ano de acordos financeiros pluri-anuais. Ou seja, em vez de discutir a verba ano a ano com os três principais parceiros – o Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA), o a Câmara Municipal de Lisboa (CML) e a Empresa de Equipamentos e Gestão Cultural (EGEAC) -, tem um apoio financeiro de três anos: com o ICA entre 2008 e 2010, e com a CML e EGEAC renovado este ano e válido por mais três.

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